| Summary: | O mundo natural de Jan Pato?ka circunscreve-se em três movimentos existenciais. Estes abarcam a auto-defesa (circunda-se à afecção basilar estabelecida pela agregação comunitária), a auto-sustentação (luta pela existência através de um esforço envolvendo o trabalho que procura por reconhecimento de outro humano através dos entes), e a transcendência (abertura de sentido mais abrangente que integra uma atitude radical da existência envolvendo não só a subjetividade, mas a transformação crítica sobre os limites da liberdade individual enquanto abarcadora de uma única possibilidade de verdade). Desta forma, o artigo discute os problemas identificados pelo filósofo tcheco da acelerada ultrapassagem destes movimentos a uma orientação de consolidar o projeto metafísico moderno, ou seja, o asseguramento universal do princípio da calculabilidade técnica através de um modelo de sujeito autossuficiente. Assim sendo, a discussão deste mundo natural perpassa-se por alguns pensadores que o influenciaram como Edmund Husserl e Martin Heidegger, no intuito de compreender quais foram as consequências deste projeto ao instituir uma consciência absolutizante que não se prontifica a uma tarefa importante: o julgamento dos seus limites para com a alteridade. As consequências disso, além da designação de uma linha horizontalizada de “História Humana”, projeta-se para futuros tenebrosos como guerras, problemas ecológicos e necropolíticas.
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