LEPTIN, GHRELIN AND ADIPONECTIN IN LACTATING ADOLESCENT MOTHERS AND THEIR RELATIONSHIP WITH BODY COMPOSITION OF THE MOTHER AND BABY

Grelina, leptina e adiponectina são hormônios envolvidos no processo de controle do peso corporal e por serem moduladores do metabolismo energético, é possível que participem da regulação da modificação da composição corporal materna durante a lactação. A presença de grelina, leptina e adiponectina...

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Bibliographic Details
Main Author: Elaine de Pereira Rezende
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2014-05-01
Series:Demetra
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/10833
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description Grelina, leptina e adiponectina são hormônios envolvidos no processo de controle do peso corporal e por serem moduladores do metabolismo energético, é possível que participem da regulação da modificação da composição corporal materna durante a lactação. A presença de grelina, leptina e adiponectina no leite materno sugere um envolvimento destes hormônios na regulação do crescimento e desenvolvimento infantil, podendo representar uma possível ligação entre o aleitamento materno e a regulação do balanço energético nos primeiros meses de vida. O objetivo deste estudo foi avaliar em nutrizes adolescentes as concentrações sanguíneas de leptina, grelina e adiponectina e investigar sua relação com as concentrações desses hormônios em leite e com a composição corporal da mãe e do bebê. Participaram do estudo 55 nutrizes adolescentes primíparas (14-19 anos) atendidas na Maternidade Escola da UFRJ. Foram coletadas amostras de sangue após jejum noturno e leite materno. A avaliação antropométrica e a avaliação da composição corporal utilizando absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA) foi realizada nas nutrizes e seus bebês entre 10 e 58 dias pós-parto. As análises de leptina, grelina e adiponectina em sangue e leite maternos foi realizada por imunoensaio enzimático (ELISA). O teste de Kolmogorov-Smirnov foi realizado para testar a normalidade da distribuição dos dados. Os resultados foram apresentados como média±desvio-padrão. Associações entre as variáveis estudadas foram avaliadas por análise de correlação de Pearson ou correlação parcial ajustada pelo número de dias decorridos após o parto. As concentrações de leptina, grelina e adiponectina foram menores em leite (0,51± 0,4ng/mL, 106±80pg/mL, 0,11±0,69μg/mL respectivamente) do que em sangue materno (17,8±11,9ng/mL, 557±392pg/mL, 5,9±2,5μg/mL respectivamente). Foi observada associação entre as concentrações de leptina em soro e leite maternos (r=0,38; p=0,01). Algumas características da composição corporal materna se apresentaram associadas com os hormônios estudados. As concentrações de leptina sérica materna apresentaram correlação significativa (p<0,05) com a massa corporal total (r=0,47), IMC (r=0,46) e percentual de gordura materna (%GM) (r=0,56). A concentração de leptina no leite materno apresentou-se associada com massa corporal total (r=0,43), IMC materno (r=0,35) e %GM total (r=0,54) (p<0,05). Adiponectina no leite materno apresentou-se associada com IMC pré-gestacional (r=0,31) e %GM total (r=0,23) (p<0,05). Algumas características da composição corporal dos bebês se apresentaram associadas com os hormônios estudados. O percentual de gordura corporal total do bebê (r=0,43) e a massa gorda total do bebê (r=0,39) apresentaram-se positivamente associados (p<0,05) com as concentrações de leptina no leite materno. Além disso, o peso (r= -0,41), a massa gorda (r= -0,34) e o percentual de gordura corporal total do bebê (r= -0,30) apresentaram-se negativamente associados (p<0,05) com as concentrações de grelina em leite. Nossos resultados sugerem que a composição corporal da nutriz parece influenciar a concentração de leptina na mãe e no leite, o que por sua vez pode influenciar a composição corporal do bebê. Os resultados também sugerem que a presença de grelina no leite está associada com a composição corporal do bebê, possivelmente de forma independente da composição corporal materna. DOI 10.12957/demetra.2014.10833
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