Razões do não uso do preservativo masculino entre pacientes com infecção ou não pelo HIV

Desde o aparecimento da aids o uso do preservativo masculino nas relações sexuais é uma das formas para impedir a disseminação da doença. Esta pesquisa teve por objetivo obter c analisar relatos verbais de razões atribuídas para o não uso do preservativo nas relações sexuais entre portadores ou não...

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Bibliographic Details
Main Authors: Marli T.G. Galvão, Ana Teresa A. Ramos-Cerqueira, Maria de Lourdes S.M. Ferreira, Lenice R. Souza
Format: Article
Language:English
Published: Zeppelini Editorial e Comunicacao 2002-02-01
Series:DST
Subjects:
Online Access:https://bjstd.org/revista/article/view/386
Description
Summary:Desde o aparecimento da aids o uso do preservativo masculino nas relações sexuais é uma das formas para impedir a disseminação da doença. Esta pesquisa teve por objetivo obter c analisar relatos verbais de razões atribuídas para o não uso do preservativo nas relações sexuais entre portadores ou não do HIV.  Entrevistaram-se 14 pacientes com idade entre 23 e 30 anos. 78% tinham escolaridade equivalente ao primeiro grau incompleto. 50% referiam tempo de convívio com o companheiro (a) de um período maior ou igual a seis anos. A via heterossexual foi a principal forma de contágio e 58% apresentavam aids. Dois homens eram soronegativos. sendo suas companheiras soropositivas e não faziam uso de preservativo masculino. Encontrou-se que as razões atribuídas pelos homens para o não uso referiam-se a: incômodo causado pelo uso. interferência na masculinidade, não ser próprio para “machos", diminuição do prazer, desconhecimento da reinfecção e descrédito quanto ao risco de se contaminar. As mulheres atribuíram o não uso à resistência dos companheiros em fazê-lo. o que as leva a aceitar essa imposição por medo de perdê-los. Uma mulher referiu desconhecer a possibilidade de reinfecção pelo HIV e apenas uma das mulheres referiu não gostar do preservativo. Homens e mulheres, com exceção de um casal, relataram ter conhecimento das complicações pelo não uso. Esses dados apontam a necessidade de se intensificar um trabalho não apenas informativo, mas que vise mudanças de atitude com relação aos papeis sexuais, a visão do sexo, de forma especial com pacientes doentes ou portadores de HIV de ambos os sexos, bem como de aprimorar a possibilidade da proteção independentemente do parceiro.
ISSN:2177-8264