Em nós: hipertexto e literatura

De início, gostaria de fazer uma pequena proposta, a qual, de alguma forma, motiva este trabalho: que não nos percamos, na leitura do texto literário, no dinamismo excessivo da vida atual, intimamente associada às tecnologias e aos computadores. Presumivelmente não há microtoxinas em nossa circulaçã...

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Bibliographic Details
Main Author: Miguel Rettenmaier
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2012-09-01
Series:Outra Travessia
Subjects:
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description De início, gostaria de fazer uma pequena proposta, a qual, de alguma forma, motiva este trabalho: que não nos percamos, na leitura do texto literário, no dinamismo excessivo da vida atual, intimamente associada às tecnologias e aos computadores. Presumivelmente não há microtoxinas em nossa circulação, o que nos obrigaria, como Case, de Neouromancer, de Gibson, a correr contra o tempo pela vida em busca de determinado antídoto. Se o corpo é a carne, como bem sabe o protagonista do romance, e a carne tem lá suas exigências, pensemos que podemos e devemos, em dados momentos, ter o tempo a nosso favor. E isso implica a liberdade de pensar e sentir com maior acuidade certas coisas num tempo presente, mesmo sob as demandas instantâneas do tempo real. Em outras palavras: experimentar a possibilidade de existir diferentemente numa atualidade cujas relações entre informação e comunicação fundamentam-se na articulação de dois poderosos elementos intimamente associados: a conexão e a comutação.
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