Os efeitos de um treinamento sobre humanização entre médicos comparados a não médicos

Resumo: Introdução: A categoria médica vem sendo considerada pouco competente nos atributos relacionados à humanização. Por isso, mundialmente e no Brasil, mudanças têm sido realizadas nas grades dos cursos de graduação em Medicina para ampliar as disciplinas de humanidades. Além dessas iniciativas...

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Bibliographic Details
Main Authors: Clara Barbosa Martins, Jouce Gabriela de Almeida, André Malbergier
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Associção Brasileira de Educação Médica 2023-07-01
Series:Revista Brasileira de Educação Médica
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description Resumo: Introdução: A categoria médica vem sendo considerada pouco competente nos atributos relacionados à humanização. Por isso, mundialmente e no Brasil, mudanças têm sido realizadas nas grades dos cursos de graduação em Medicina para ampliar as disciplinas de humanidades. Além dessas iniciativas, há necessidade de treinamentos em humanização para médicos que se formaram com grades antigas e aqueles que, mesmo graduados a partir das novas diretrizes curriculares, ainda precisam se atualizar na temática. Há poucos estudos quantitativos sobre treinamentos em humanização, especialmente para médicos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de um treinamento sobre humanização para médicos em comparação a não médicos. Método: Realizaram-se treinamentos de 135 minutos sobre humanização para médicos e não médicos em um hospital psiquiátrico universitário em São Paulo (Brasil). As aulas foram ministradas com o uso de slides e acompanhadas de discussão e dramatização. Os sujeitos da pesquisa responderam a um questionário com 34 itens que avaliavam as autopercepções sobre conhecimentos, habilidades e atitudes em humanização antes e 15 dias depois do treinamento. Utilizaram-se testes não paramétricos para comparar os escores entre o grupo de médicos e não médicos. Além disso, realizaram-se regressões lineares múltiplas para as dimensões de conhecimentos, habilidades e atitudes, com o objetivo de avaliar se houve diferença significativa entre gêneros, idades, estados civis, número de filhos, vínculos profissionais, religião, anos de serviço. Resultado: Profissionais médicos e aqueles com seis ou mais anos de serviço apresentaram menores escores em humanização no pré-treinamento. O treinamento gerou aumento dos escores de humanização em todas as categorias profissionais, mas médicos apresentaram maior aumento e se igualaram às outras categorias. Conclusão: Com um treinamento rápido e de baixo custo, verificou-se o aumento da autopercepção em humanização em médicos e não médicos. A diferença entre as categorias profissionais deixou de existir na avaliação realizada após 15 dias do treinamento. Os resultados indicam que médicos podem aumentar suas autopercepções sobre humanização e se igualar aos outros profissionais.
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spelling doaj.art-4c58463bd35d41be896bb7439bc139452023-07-11T07:47:46ZporAssocição Brasileira de Educação MédicaRevista Brasileira de Educação Médica1981-52712023-07-0147210.1590/1981-5271v47.2-2022075Os efeitos de um treinamento sobre humanização entre médicos comparados a não médicosClara Barbosa Martinshttps://orcid.org/0000-0002-0789-8867Jouce Gabriela de Almeidahttps://orcid.org/0000-0001-8331-7289André Malbergierhttps://orcid.org/0000-0001-6093-8381Resumo: Introdução: A categoria médica vem sendo considerada pouco competente nos atributos relacionados à humanização. Por isso, mundialmente e no Brasil, mudanças têm sido realizadas nas grades dos cursos de graduação em Medicina para ampliar as disciplinas de humanidades. Além dessas iniciativas, há necessidade de treinamentos em humanização para médicos que se formaram com grades antigas e aqueles que, mesmo graduados a partir das novas diretrizes curriculares, ainda precisam se atualizar na temática. Há poucos estudos quantitativos sobre treinamentos em humanização, especialmente para médicos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de um treinamento sobre humanização para médicos em comparação a não médicos. Método: Realizaram-se treinamentos de 135 minutos sobre humanização para médicos e não médicos em um hospital psiquiátrico universitário em São Paulo (Brasil). As aulas foram ministradas com o uso de slides e acompanhadas de discussão e dramatização. Os sujeitos da pesquisa responderam a um questionário com 34 itens que avaliavam as autopercepções sobre conhecimentos, habilidades e atitudes em humanização antes e 15 dias depois do treinamento. Utilizaram-se testes não paramétricos para comparar os escores entre o grupo de médicos e não médicos. Além disso, realizaram-se regressões lineares múltiplas para as dimensões de conhecimentos, habilidades e atitudes, com o objetivo de avaliar se houve diferença significativa entre gêneros, idades, estados civis, número de filhos, vínculos profissionais, religião, anos de serviço. Resultado: Profissionais médicos e aqueles com seis ou mais anos de serviço apresentaram menores escores em humanização no pré-treinamento. O treinamento gerou aumento dos escores de humanização em todas as categorias profissionais, mas médicos apresentaram maior aumento e se igualaram às outras categorias. Conclusão: Com um treinamento rápido e de baixo custo, verificou-se o aumento da autopercepção em humanização em médicos e não médicos. A diferença entre as categorias profissionais deixou de existir na avaliação realizada após 15 dias do treinamento. Os resultados indicam que médicos podem aumentar suas autopercepções sobre humanização e se igualar aos outros profissionais.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022023000200207&lng=pt&tlng=ptTreinamentoMédicosHumanização
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