O humor como quebra da convencionalidade

Este artigo trata da relação entre a convencionalidade na língua e o humor. Para tanto, apresenta uma categorização de combinações consagradas, desde colocações a fórmulas discursivas, e discute como se prestam à criação do humor. Na qualidade de categorias convencionais, são combinações fixas ou se...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Stella E. O. Tagnin
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2005-01-01
Series:Revista Brasileira de Linguística Aplicada
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-63982005000100013
Description
Summary:Este artigo trata da relação entre a convencionalidade na língua e o humor. Para tanto, apresenta uma categorização de combinações consagradas, desde colocações a fórmulas discursivas, e discute como se prestam à criação do humor. Na qualidade de categorias convencionais, são combinações fixas ou semifixas "prontas para o uso" e decodificadas como um todo. O humor aqui apresentado é lingüístico e obtido pela manipulação/literalização dessas combinações, quebrando a expectativa do ouvinte/leitor. A estreita associação entre o domínio da convencionalidade e a fluência numa língua leva à não compreensão do humor pelo falante não fluente.<br>This article discusses the relationship between conventionality in language and humor. It puts forward a categorization of ready-made combinations, from collocations to discourse formulas, highlighting the mechanisms in which they are used to create humor. As ready-made combinations, they are fixed or semi-fixed expressions decoded as a linguistic whole. Humor is achieved by manipulating these combinations so as to cause a breach in the listener's/reader's expectations. Because mastery of linguistic conventionality is closely associated with fluency, and humor relies highly on a breach of conventionality, it is claimed that lack of fluency prevents full comprehension of humor.
ISSN:1676-0786
1984-6398