Dupla variação anatômica vascular em um único indivíduo: estudo morfométrico

Introdução: Variações anatômicas são pequenas diferenças morfológicas congênitas que aparecem nos diferentes sistemas orgânicos, as quais não acarretam prejuízo ou distúrbio funcional para o indivíduo. No que diz respeito aos vasos sanguíneos, alterações no desenvolvimento embriológico podem gerar d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Cristiane Regina Ruiz, Sergio Ricardo Rios Nascimento, Alex Kors Vidsiunas, Lilian Andrades, Cristiano Cirqueira de Souza
Format: Article
Language:English
Published: Faculdade de Medicina do ABC 2017-12-01
Series:ABCS Health Sciences
Subjects:
Online Access:https://www.portalnepas.org.br/abcshs/article/view/919
Description
Summary:Introdução: Variações anatômicas são pequenas diferenças morfológicas congênitas que aparecem nos diferentes sistemas orgânicos, as quais não acarretam prejuízo ou distúrbio funcional para o indivíduo. No que diz respeito aos vasos sanguíneos, alterações no desenvolvimento embriológico podem gerar duplicidade de vasos, agenesia ou ocasionar o surgimento de artérias e o desembocar de veias fora da descrição anatômica padrão. Relato de caso: Foi observada dupla variação anatômica vascular em um indivíduo durante uma dissecação de rotina no Laboratório de Anatomia do Centro Universitário São Camilo. A artéria renal principal tinha origem na parte abdominal da artéria aorta seguindo até sua entrada no hilo renal, porém, em vez de um trajeto retilíneo a partir da aorta, a mesma possuía um trajeto descendente e bem angulado. A partir da artéria renal principal surgia uma artéria polar aberrante que entrava no polo inferior do rim direito. Em um nível mais inferior, na altura da bifurcação da aorta, originava-se outra artéria polar aberrante que entrava no hilo renal, seguindo um trajeto retilíneo até o polo inferior do rim direito. A artéria hepática comum originava-se no tronco celíaco seguindo até sua entrada na porta do fígado. A artéria mesentérica superior possuía origem no tronco celíaco. A artéria hepática direita originava-se na artéria mesentérica superior. Conclusão: O estudo das variações anatômicas constitui-se tarefa árdua em virtude das inúmeras expressões diferentes que ocorrem no corpo humano, porém, o conhecimento dessas variações é de extrema valia para a clínica e o planejamento cirúrgico, garantindo a precisão e evitando complicações pós-cirúrgicas ou diagnósticos errôneos.
ISSN:2318-4965
2357-8114