Inteligência artificial e saúde: ressituar o problema
Diante dos avanços recentes da inteligência artificial, a presente nota de conjuntura busca recolocar questões fundamentais que emergem nesse contexto. Deslocando-se tanto das leituras salvacionistas quanto apocalípticas, argumentamos que a perda do privilégio do excepcionalismo humano pode ser uma...
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Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
2023-06-01
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author | Fernanda Bruno Paula Cardoso Pereira Paulo Faltay |
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Diante dos avanços recentes da inteligência artificial, a presente nota de conjuntura busca recolocar questões fundamentais que emergem nesse contexto. Deslocando-se tanto das leituras salvacionistas quanto apocalípticas, argumentamos que a perda do privilégio do excepcionalismo humano pode ser uma oportunidade para repensar a inteligência a partir de uma perspectiva relacional e co-produzida entre humanos e outros-que-humanos. Tal perspectiva, no entanto, deve ser acompanhada de um olhar atento às relações de poder que em grande medida definem os destinos da IA. Sobre esse aspecto, apontamos as implicações do modelo epistêmico e de negócios hegemônico da IA, um modelo preditivo aceleracionista dominado por grandes empresas de tecnologia. Finalmente, destacamos alguns riscos envolvidos na inclusão de máquinas inteligentes no campo da saúde, bem como os perigos da subordinação de valores e direitos públicos a interesses comerciais, o que demanda uma atenção e um cuidado coletivos e permanentes na construção dos arranjos sociotécnicos e políticos de implementação da IA nesse campo.
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spelling | doaj.art-4dc9391a52d7401f913b7805b72849b02023-06-30T20:29:57ZengInstituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)RECIIS1981-62782023-06-0117210.29397/reciis.v17i2.3842Inteligência artificial e saúde: ressituar o problemaFernanda Bruno0Paula Cardoso Pereira1Paulo Faltay2Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Psicologia, Professora do programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura. Rio de Janeiro, RJUniversidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação. Rio de Janeiro, RJUniversidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação. Rio de Janeiro, RJ Diante dos avanços recentes da inteligência artificial, a presente nota de conjuntura busca recolocar questões fundamentais que emergem nesse contexto. Deslocando-se tanto das leituras salvacionistas quanto apocalípticas, argumentamos que a perda do privilégio do excepcionalismo humano pode ser uma oportunidade para repensar a inteligência a partir de uma perspectiva relacional e co-produzida entre humanos e outros-que-humanos. Tal perspectiva, no entanto, deve ser acompanhada de um olhar atento às relações de poder que em grande medida definem os destinos da IA. Sobre esse aspecto, apontamos as implicações do modelo epistêmico e de negócios hegemônico da IA, um modelo preditivo aceleracionista dominado por grandes empresas de tecnologia. Finalmente, destacamos alguns riscos envolvidos na inclusão de máquinas inteligentes no campo da saúde, bem como os perigos da subordinação de valores e direitos públicos a interesses comerciais, o que demanda uma atenção e um cuidado coletivos e permanentes na construção dos arranjos sociotécnicos e políticos de implementação da IA nesse campo. https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3842Inteligência artificialOntologia relacionalSa´´udeExtrativismo de dados |
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