Caminhos para a superação da tese da constitucionalização simbólica

O presente artigo visa a expor os pontos centrais da tese “A Constitucionalização Simbólica” de Marcelo Neves e a demonstrar sua insustentabilidade frente às próprias contradições. Inspirado no debate alemão da teoria do direito e da ciência política, dos anos oitenta e noventa, o autor se interessa...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Danyelle Reis Carvalho
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2018-10-01
Series:Revista de Ciências do Estado
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/5125
_version_ 1811311475299450880
author Danyelle Reis Carvalho
author_facet Danyelle Reis Carvalho
author_sort Danyelle Reis Carvalho
collection DOAJ
description O presente artigo visa a expor os pontos centrais da tese “A Constitucionalização Simbólica” de Marcelo Neves e a demonstrar sua insustentabilidade frente às próprias contradições. Inspirado no debate alemão da teoria do direito e da ciência política, dos anos oitenta e noventa, o autor se interessa no sentido que o simbólico adquire na adjetivação da legislação. Então, estuda o conceito sob a ótica constitucionalista e afirma que, em países situados na modernidade periférica, como o Brasil, o melhor adjetivo para o fenômeno da constitucionalização é simbólico e não jurídico. Conclui-se na obra que a constitucionalização simbólica é uma questão problemática para a autonomia do direito, pois implica uma politização do sistema jurídico. Porém, ao não reconhecer qualquer efeito mais do que simbólico às Constituições, o autor acaba por negar aquilo que ele mesmo assumirá ser possível no final de sua obra, a saber, a aprendizagem social com o direito. A sua tese e os conceitos nela desenvolvidos é de grande relevância para a reflexão crítica do nosso Projeto Constituinte de 1988, que completa 30 anos. Porém, neste trabalho a proposta é tentar, contrariamente do que faz Neves, enxergar os efeitos normativos que a Constituição produz no interior das práticas sociais.
first_indexed 2024-04-13T10:19:32Z
format Article
id doaj.art-4ff016fee86f46dda42913cb69dcc699
institution Directory Open Access Journal
issn 2595-6051
2525-8036
language English
last_indexed 2024-04-13T10:19:32Z
publishDate 2018-10-01
publisher Universidade Federal de Minas Gerais
record_format Article
series Revista de Ciências do Estado
spelling doaj.art-4ff016fee86f46dda42913cb69dcc6992022-12-22T02:50:34ZengUniversidade Federal de Minas GeraisRevista de Ciências do Estado2595-60512525-80362018-10-0132Caminhos para a superação da tese da constitucionalização simbólicaDanyelle Reis Carvalho0Universidade Federal de LavrasO presente artigo visa a expor os pontos centrais da tese “A Constitucionalização Simbólica” de Marcelo Neves e a demonstrar sua insustentabilidade frente às próprias contradições. Inspirado no debate alemão da teoria do direito e da ciência política, dos anos oitenta e noventa, o autor se interessa no sentido que o simbólico adquire na adjetivação da legislação. Então, estuda o conceito sob a ótica constitucionalista e afirma que, em países situados na modernidade periférica, como o Brasil, o melhor adjetivo para o fenômeno da constitucionalização é simbólico e não jurídico. Conclui-se na obra que a constitucionalização simbólica é uma questão problemática para a autonomia do direito, pois implica uma politização do sistema jurídico. Porém, ao não reconhecer qualquer efeito mais do que simbólico às Constituições, o autor acaba por negar aquilo que ele mesmo assumirá ser possível no final de sua obra, a saber, a aprendizagem social com o direito. A sua tese e os conceitos nela desenvolvidos é de grande relevância para a reflexão crítica do nosso Projeto Constituinte de 1988, que completa 30 anos. Porém, neste trabalho a proposta é tentar, contrariamente do que faz Neves, enxergar os efeitos normativos que a Constituição produz no interior das práticas sociais. https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/5125Constitucionalização simbólicaModernidade periféricaRealidade constitucional desjuridificanteCríticaAprendizagem social
spellingShingle Danyelle Reis Carvalho
Caminhos para a superação da tese da constitucionalização simbólica
Revista de Ciências do Estado
Constitucionalização simbólica
Modernidade periférica
Realidade constitucional desjuridificante
Crítica
Aprendizagem social
title Caminhos para a superação da tese da constitucionalização simbólica
title_full Caminhos para a superação da tese da constitucionalização simbólica
title_fullStr Caminhos para a superação da tese da constitucionalização simbólica
title_full_unstemmed Caminhos para a superação da tese da constitucionalização simbólica
title_short Caminhos para a superação da tese da constitucionalização simbólica
title_sort caminhos para a superacao da tese da constitucionalizacao simbolica
topic Constitucionalização simbólica
Modernidade periférica
Realidade constitucional desjuridificante
Crítica
Aprendizagem social
url https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/5125
work_keys_str_mv AT danyellereiscarvalho caminhosparaasuperacaodatesedaconstitucionalizacaosimbolica