Nomear o segredo:

O artigo propõe uma leitura do documentário de longa-metragem Marighella (2011), em que defende que o eu encenado de Isa Grisnpum Ferraz - diretora, roteirista e narradora-locutora do filme - é fruto de uma auto-atribuição para testemunhar, tal como colocada por Shoshana Felman. Tem-se, assim, que...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Liniane Haag Brum
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2022-07-01
Series:FronteiraZ
Subjects:
Online Access:https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/57665
Description
Summary:O artigo propõe uma leitura do documentário de longa-metragem Marighella (2011), em que defende que o eu encenado de Isa Grisnpum Ferraz - diretora, roteirista e narradora-locutora do filme - é fruto de uma auto-atribuição para testemunhar, tal como colocada por Shoshana Felman. Tem-se, assim, que não apenas a vida de Carlos Marighella é inventariada no documentário, mas, essencialmente, o testemunho de um segredo transmitido em infância é nomeado, depois de 40 anos. Uma aproximação com o método de análise fílmica de Sylvie Lindeperg, que propõe o resgate da historicidade da imagem de arquivo, serve como substrato analítico, o qual é conjugado com noção de anarquivamento depreendida de Walter Benjamin por Márcio Seligmann-Silva.
ISSN:1983-4373