Parcerias e aspectos materiais da primeira edição dos livros sobre o barroco brasileiro de Germain Bazin

Germain Bazin, historiador da arte e curador-chefe de pinturas do Museu do Louvre (1950-1965), foi autor de duas obras referenciais sobre o barroco colonial brasileiro, publicadas pela primeira vez entre 1956 e 1963. Para a consecução dos seus livros sobre o Brasil – um sobre arquitetura colonial,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: María Sabina Uribarren
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo, Museu Paulista 2022-08-01
Series:Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/183173
_version_ 1828341076433305600
author María Sabina Uribarren
author_facet María Sabina Uribarren
author_sort María Sabina Uribarren
collection DOAJ
description Germain Bazin, historiador da arte e curador-chefe de pinturas do Museu do Louvre (1950-1965), foi autor de duas obras referenciais sobre o barroco colonial brasileiro, publicadas pela primeira vez entre 1956 e 1963. Para a consecução dos seus livros sobre o Brasil – um sobre arquitetura colonial, outro sobre o Aleijadinho escultor –, Bazin contou com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados. Neste artigo, aprofundamos as parcerias estabelecidas entre eles, às vezes inusitadas, mas sempre eficazes no intuito de atingir a publicação dos escritos sobre o barroco brasileiro e outros objetivos articulados aos campos artístico e museológico. A publicação dos livros permitiu introduzir a produção colonial brasileira e, especificamente, a do Aleijadinho, no universo das chefs-d’œuvre mundiais. A produção intelectual de Bazin também contribuiu para chancelar a construção identitária promovida pelo Iphan em nível nacional. A divulgação dos textos, realizada com maestria pelos Diários Associados aproximou a narrativa defendida pelo instituto às discussões cotidianas do Brasil. Por último, interpretamos a consecução dos livros de Bazin como um espaço de reinvindicação do autor, já que este era questionado, à época do lançamento sobre o Aleijadinho, em relação à transparência da sua ação profissional na França.
first_indexed 2024-04-13T23:07:15Z
format Article
id doaj.art-516e7ac4704042d78109e1dd771bc144
institution Directory Open Access Journal
issn 0101-4714
1982-0267
language English
last_indexed 2024-04-13T23:07:15Z
publishDate 2022-08-01
publisher Universidade de São Paulo, Museu Paulista
record_format Article
series Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
spelling doaj.art-516e7ac4704042d78109e1dd771bc1442022-12-22T02:25:40ZengUniversidade de São Paulo, Museu PaulistaAnais do Museu Paulista: História e Cultura Material0101-47141982-02672022-08-0130Parcerias e aspectos materiais da primeira edição dos livros sobre o barroco brasileiro de Germain BazinMaría Sabina Uribarren0Universidade de São Paulo Germain Bazin, historiador da arte e curador-chefe de pinturas do Museu do Louvre (1950-1965), foi autor de duas obras referenciais sobre o barroco colonial brasileiro, publicadas pela primeira vez entre 1956 e 1963. Para a consecução dos seus livros sobre o Brasil – um sobre arquitetura colonial, outro sobre o Aleijadinho escultor –, Bazin contou com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados. Neste artigo, aprofundamos as parcerias estabelecidas entre eles, às vezes inusitadas, mas sempre eficazes no intuito de atingir a publicação dos escritos sobre o barroco brasileiro e outros objetivos articulados aos campos artístico e museológico. A publicação dos livros permitiu introduzir a produção colonial brasileira e, especificamente, a do Aleijadinho, no universo das chefs-d’œuvre mundiais. A produção intelectual de Bazin também contribuiu para chancelar a construção identitária promovida pelo Iphan em nível nacional. A divulgação dos textos, realizada com maestria pelos Diários Associados aproximou a narrativa defendida pelo instituto às discussões cotidianas do Brasil. Por último, interpretamos a consecução dos livros de Bazin como um espaço de reinvindicação do autor, já que este era questionado, à época do lançamento sobre o Aleijadinho, em relação à transparência da sua ação profissional na França. https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/183173Germain BazinBrasilAssis ChateaubriandIphan
spellingShingle María Sabina Uribarren
Parcerias e aspectos materiais da primeira edição dos livros sobre o barroco brasileiro de Germain Bazin
Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
Germain Bazin
Brasil
Assis Chateaubriand
Iphan
title Parcerias e aspectos materiais da primeira edição dos livros sobre o barroco brasileiro de Germain Bazin
title_full Parcerias e aspectos materiais da primeira edição dos livros sobre o barroco brasileiro de Germain Bazin
title_fullStr Parcerias e aspectos materiais da primeira edição dos livros sobre o barroco brasileiro de Germain Bazin
title_full_unstemmed Parcerias e aspectos materiais da primeira edição dos livros sobre o barroco brasileiro de Germain Bazin
title_short Parcerias e aspectos materiais da primeira edição dos livros sobre o barroco brasileiro de Germain Bazin
title_sort parcerias e aspectos materiais da primeira edicao dos livros sobre o barroco brasileiro de germain bazin
topic Germain Bazin
Brasil
Assis Chateaubriand
Iphan
url https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/183173
work_keys_str_mv AT mariasabinauribarren parceriaseaspectosmateriaisdaprimeiraedicaodoslivrossobreobarrocobrasileirodegermainbazin