Eduardo Coutinho, Jacques Rancière e a elaboração do mundo sensível do anônimo
O presente artigo emprega o método da igualdade para justapor as práticas filosóficas de Jacques Rancière às práticas documentais do cineasta brasileiro Eduardo Coutinho. Observamos o ponto de inflexão, até certo ponto partilhado por ambos, que implicou no rompimento com os modos mais frequentes de...
| Main Author: | |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual
2024-01-01
|
| Series: | Rebeca: Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://rebeca.socine.org.br/1/article/view/972 |
| _version_ | 1797347274587635712 |
|---|---|
| author | Pedro Caetano Eboli Nogueira |
| author_facet | Pedro Caetano Eboli Nogueira |
| author_sort | Pedro Caetano Eboli Nogueira |
| collection | DOAJ |
| description |
O presente artigo emprega o método da igualdade para justapor as práticas filosóficas de Jacques Rancière às práticas documentais do cineasta brasileiro Eduardo Coutinho. Observamos o ponto de inflexão, até certo ponto partilhado por ambos, que implicou no rompimento com os modos mais frequentes de atuação política no campo das esquerdas dos anos 1960 e que os levou a uma política envolvida na elaboração do mundo sensível do anônimo. Destacamos de que modo, após essa reformulação nos horizontes políticos de ambos, a palavra assume um papel central na trajetória do filósofo e do cineasta. Analisamos de que maneira o longa Cabra marcado para morrer (1984) representa um momento de virada na trajetória de Coutinho. A seguir, sublinhamos as operações temporais que regem a concepção do longa Peões (2004), em suas implicações ao papel desempenhado pelos anônimos entrevistados nesta ocasião. Demonstramos de que modo, em ambos, a tarefa política reside em uma desidentificação. Por fim, elucidamos as maneiras pelas quais tanto Eduardo Coutinho quanto Jacques Rancière se distanciam do devir pedagógico das imagens documentais, em que a política não se resume às mensagens veiculadas por elas, mas pelos reenquadramentos que são capazes de promover.
|
| first_indexed | 2024-03-08T11:45:23Z |
| format | Article |
| id | doaj.art-5180e404fec743bc959afb27c4db3701 |
| institution | Directory Open Access Journal |
| issn | 2316-9230 |
| language | English |
| last_indexed | 2024-03-08T11:45:23Z |
| publishDate | 2024-01-01 |
| publisher | Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual |
| record_format | Article |
| series | Rebeca: Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual |
| spelling | doaj.art-5180e404fec743bc959afb27c4db37012024-01-24T21:56:19ZengSociedade Brasileira de Estudos de Cinema e AudiovisualRebeca: Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual2316-92302024-01-0112210.22475/rebeca.v12n2.972Eduardo Coutinho, Jacques Rancière e a elaboração do mundo sensível do anônimoPedro Caetano Eboli Nogueira0Universidade Estadual do Rio de Janeiro O presente artigo emprega o método da igualdade para justapor as práticas filosóficas de Jacques Rancière às práticas documentais do cineasta brasileiro Eduardo Coutinho. Observamos o ponto de inflexão, até certo ponto partilhado por ambos, que implicou no rompimento com os modos mais frequentes de atuação política no campo das esquerdas dos anos 1960 e que os levou a uma política envolvida na elaboração do mundo sensível do anônimo. Destacamos de que modo, após essa reformulação nos horizontes políticos de ambos, a palavra assume um papel central na trajetória do filósofo e do cineasta. Analisamos de que maneira o longa Cabra marcado para morrer (1984) representa um momento de virada na trajetória de Coutinho. A seguir, sublinhamos as operações temporais que regem a concepção do longa Peões (2004), em suas implicações ao papel desempenhado pelos anônimos entrevistados nesta ocasião. Demonstramos de que modo, em ambos, a tarefa política reside em uma desidentificação. Por fim, elucidamos as maneiras pelas quais tanto Eduardo Coutinho quanto Jacques Rancière se distanciam do devir pedagógico das imagens documentais, em que a política não se resume às mensagens veiculadas por elas, mas pelos reenquadramentos que são capazes de promover. https://rebeca.socine.org.br/1/article/view/972Eduardo CoutinhoJacques RancièreCinema políticoIdentidades |
| spellingShingle | Pedro Caetano Eboli Nogueira Eduardo Coutinho, Jacques Rancière e a elaboração do mundo sensível do anônimo Rebeca: Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual Eduardo Coutinho Jacques Rancière Cinema político Identidades |
| title | Eduardo Coutinho, Jacques Rancière e a elaboração do mundo sensível do anônimo |
| title_full | Eduardo Coutinho, Jacques Rancière e a elaboração do mundo sensível do anônimo |
| title_fullStr | Eduardo Coutinho, Jacques Rancière e a elaboração do mundo sensível do anônimo |
| title_full_unstemmed | Eduardo Coutinho, Jacques Rancière e a elaboração do mundo sensível do anônimo |
| title_short | Eduardo Coutinho, Jacques Rancière e a elaboração do mundo sensível do anônimo |
| title_sort | eduardo coutinho jacques ranciere e a elaboracao do mundo sensivel do anonimo |
| topic | Eduardo Coutinho Jacques Rancière Cinema político Identidades |
| url | https://rebeca.socine.org.br/1/article/view/972 |
| work_keys_str_mv | AT pedrocaetanoebolinogueira eduardocoutinhojacquesranciereeaelaboracaodomundosensiveldoanonimo |