CARACTERÍSTICAS DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR CÓLERA NA BAHIA: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
Introdução/Objetivo: A última epidemia de Cólera no Brasil ocorreu em 1991, porém a doença tem ganhado destaque mundial, sobretudo pela sua disseminação em diversos países africanos no ano de 2022. Este estudo objetiva uma análise epidemiológica das internações hospitalares por Cólera na Bahia dos ú...
Main Authors: | , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
|
Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S141386702300394X |
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author | Ricardo Santos Aguiar Karina Souza Ferreira Maia Matheus Gomes Reis Costa Rodolfo Baptista Giffoni Fernando Mendes Nogueira Souza Cristóvão Alves Pedreira Filho Larissa de Oliveira Silva Michelle Evans Lima Ramos |
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description | Introdução/Objetivo: A última epidemia de Cólera no Brasil ocorreu em 1991, porém a doença tem ganhado destaque mundial, sobretudo pela sua disseminação em diversos países africanos no ano de 2022. Este estudo objetiva uma análise epidemiológica das internações hospitalares por Cólera na Bahia dos últimos 10 anos. Metodologia: Estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo empregando dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS) de pacientes internados por Cólera na Bahia, no período de abril de 2013 a abril de 2023. As variáveis utilizadas foram idade, sexo e raça/cor correlacionadas com internações e óbitos. Os dados foram tabulados no software Excel para análise. Resultados: No estado da Bahia segundo o DATASUS, 54,7% das internações de Cólera acometeram pacientes de 0-4 anos, 10% de 5-9 anos, 5% de 10-19 anos, 14,5% de 20-59 anos e 15% com mais de 60 anos. Não houve diferença relevante no número de internações entre o sexo masculino e o feminino (46% e 53% respectivamente). Indivíduos de cor de pele parda foram os mais acometidos, com 57,4% das internações. Quanto aos óbitos, 60% ocorreram no sexo masculino e 40% no feminino, sendo que 90% eram idosos e 10% em crianças na primeira infância. Não houve óbitos registrados em recém-nascidos, lactentes, adolescentes e adultos. Dentre os municípios da Bahia, Salvador obteve 98 internações (40%), seguido por Barra com 44 (20%) e Itabuna com 28 (12%), sendo que a somatória de todos os internamentos das outras cidades baianas foi de 51 (23%). Os dados obtidos do DATASUS evidenciaram ainda que na comparação com os 9 estados da região Nordeste, a Bahia representou o estado com a terceira maior taxa de mortalidade pela doença (4,5%), ficando atrás do Rio Grande do Norte (7,4%) e da Paraíba (6,25%). Conclusão: Crianças na primeira infância e idosos apresentaram maior vulnerabilidade à Cólera na Bahia, fazendo-se necessárias medidas de promoção à saúde, prevenção e tratamento direcionados para essas faixas etárias, além de políticas públicas visando enfrentamento desta patologia em todo o estado. |
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spelling | doaj.art-524bbf006f514131ada7079cf1692f972023-11-16T06:07:23ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702023-10-0127103134CARACTERÍSTICAS DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR CÓLERA NA BAHIA: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICORicardo Santos Aguiar0Karina Souza Ferreira Maia1Matheus Gomes Reis Costa2Rodolfo Baptista Giffoni3Fernando Mendes Nogueira Souza4Cristóvão Alves Pedreira Filho5Larissa de Oliveira Silva6Michelle Evans Lima Ramos7Corresponding author.; Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santa, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santa, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santa, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santa, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santa, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santa, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santa, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santa, BA, BrasilIntrodução/Objetivo: A última epidemia de Cólera no Brasil ocorreu em 1991, porém a doença tem ganhado destaque mundial, sobretudo pela sua disseminação em diversos países africanos no ano de 2022. Este estudo objetiva uma análise epidemiológica das internações hospitalares por Cólera na Bahia dos últimos 10 anos. Metodologia: Estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo empregando dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS) de pacientes internados por Cólera na Bahia, no período de abril de 2013 a abril de 2023. As variáveis utilizadas foram idade, sexo e raça/cor correlacionadas com internações e óbitos. Os dados foram tabulados no software Excel para análise. Resultados: No estado da Bahia segundo o DATASUS, 54,7% das internações de Cólera acometeram pacientes de 0-4 anos, 10% de 5-9 anos, 5% de 10-19 anos, 14,5% de 20-59 anos e 15% com mais de 60 anos. Não houve diferença relevante no número de internações entre o sexo masculino e o feminino (46% e 53% respectivamente). Indivíduos de cor de pele parda foram os mais acometidos, com 57,4% das internações. Quanto aos óbitos, 60% ocorreram no sexo masculino e 40% no feminino, sendo que 90% eram idosos e 10% em crianças na primeira infância. Não houve óbitos registrados em recém-nascidos, lactentes, adolescentes e adultos. Dentre os municípios da Bahia, Salvador obteve 98 internações (40%), seguido por Barra com 44 (20%) e Itabuna com 28 (12%), sendo que a somatória de todos os internamentos das outras cidades baianas foi de 51 (23%). Os dados obtidos do DATASUS evidenciaram ainda que na comparação com os 9 estados da região Nordeste, a Bahia representou o estado com a terceira maior taxa de mortalidade pela doença (4,5%), ficando atrás do Rio Grande do Norte (7,4%) e da Paraíba (6,25%). Conclusão: Crianças na primeira infância e idosos apresentaram maior vulnerabilidade à Cólera na Bahia, fazendo-se necessárias medidas de promoção à saúde, prevenção e tratamento direcionados para essas faixas etárias, além de políticas públicas visando enfrentamento desta patologia em todo o estado.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S141386702300394XCólera Bahia Epidemiologia Infecção Gastroenterite |
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