A intencionalidade da consciência em Husserl
Neste artigo procuro mostrar que a intencionalidade da consciência husserliana se constitui a partir da relação sujeito ― objeto. Isso nos revela que Husserl, mesmo reconhecendo o eu cartesiano como a primeira verdade apodítica, rejeita o modo como Descartes o concebeu, porque a consciência é sempre...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal do Ceará
2009-01-01
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Series: | Argumentos |
Subjects: | |
Online Access: | http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/18920 |
Summary: | Neste artigo procuro mostrar que a intencionalidade da consciência husserliana se constitui a partir da relação sujeito ― objeto. Isso nos revela que Husserl, mesmo reconhecendo o eu cartesiano como a primeira verdade apodítica, rejeita o modo como Descartes o concebeu, porque a consciência é sempre de algum objeto e os objetos só têm sentido para uma consciência. A intencionalidade representa esse direcionamento que a consciência tem em relação ao objeto. Para percebermos esta relação, devemos retornar às intuições originárias, isto é, ao modo como os fenômenos nos aparecem. Ora, os fenômenos possuem uma multiplicidade de aspectos; no entanto, aparecem na consciência como uma unidade idêntica a si mesma, pois a consciência tem a capacidade de ligar os aspectos ou estados vividos a outros por meio da síntese. Cada estado vivido tem uma duração e, conseqüentemente, apresenta-se como modos temporais, que são a origem da consciência temporal.
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ISSN: | 1984-4247 1984-4255 |