Intervenção de enfermagem e o autocuidado andar no adulto em contexto hospitalar: um estudo descritivo e correlacional
Introdução: O internamento hospitalar está associado a baixos níveis de mobilidade, com impacto na capacidade para andar, sobretudo nas populações mais idosas. Este estudo tem como objetivo identificar a relação entre as intervenções de enfermagem no domínio da marcha em contexto hospitalar e o aut...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação
2024-02-01
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Series: | Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação |
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author | Salomé Sobral Sousa Sara Valente Marisa Lopes Sílvia Ribeiro Nuno Abreu Eduardo Alves |
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Introdução: O internamento hospitalar está associado a baixos níveis de mobilidade, com impacto na capacidade para andar, sobretudo nas populações mais idosas. Este estudo tem como objetivo identificar a relação entre as intervenções de enfermagem no domínio da marcha em contexto hospitalar e o autocuidado andar.
Metodologia: Estudo quantitativo, retrospetivo, descritivo e correlacional com dados dos registos clínicos dos enfermeiros relativos a pessoas internadas com diagnósticos e intervenções de enfermagem no domínio do andar.
Resultados: A amostra é predominantemente idosa (média 65,99 anos, Desvio Padrão 16,73) e dependente no andar (69,7%). De 6546 participantes, 1142 (17,4%) apresentavam como diagnóstico de admissão patologias do foro musculoesquelético, 916 (14%) lesões de causa externa e 903 (13,8%) doenças do sistema circulatório. As intervenções de enfermagem no domínio da marcha realizaram-se em serviços de Medicina Interna (22,9%), Ortopedia (17,9%) e Neurocirurgia (13,1%). Durante o tempo de internamento hospitalar, cada participante recebeu em média 24 intervenções de enfermagem (DP 50,37), sendo o “assistir no andar”, a mais frequente (47%). Sob as intervenções no domínio da marcha, 92,15% dos participantes mantiveram ou melhoraram a sua capacidade para andar (p<0,001). Os programas especializados para a capacitação na marcha foram aplicados em 6,5% dos participantes, dos quais 7,9% adquiriram esta capacidade ainda no hospital. A aquisição da competência para andar com auxiliar de marcha verificou-se em 28% dos participantes que necessitaram do equipamento adaptativo (p<0,001). Dos participantes, 88,8% receberam alta para domicílio. Pessoas independentes na marcha à data de alta estiveram internadas menos 1,44 dias (p=0,006).
Conclusão: Neste estudo, as intervenções de enfermagem no domínio da marcha estão associadas à manutenção e recuperação dos níveis de funcionalidade durante a hospitalização, não sendo possível isolar o efeito de outras variáveis.
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