Efeitos da duração do vozeamento da fricativa [z] na identificação por brasileiros, de pares mínimos produzidos por hispânicos. Insumos para a discussão sobre inteligibilidade de fala estrangeira

Este trabalho propõe verificar os efeitos do grau de vozeamento da fricativa [z] produzida por falantes hispânicos para o estabelecimento da distinção entre as categorias ‘surdo’ e ‘sonoro’ por parte de ouvintes brasileiros. Para a realização do estudo, coletaram-se dados de fala de seis hispânicos...

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Main Authors: Ubiratã Kickhöfel Alves, Luciene Bassols Brisolara, Leonardo Cláudio da Rosa, Ana Carolina Signor Buske
Format: Article
Language:English
Published: Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho 2019-07-01
Series:Diacrítica
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Online Access:https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/5181
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spelling doaj.art-53b7f964c5504ffcb199d356a6af34a12024-02-02T21:44:47ZengCentro de Estudos Humanísticos da Universidade do MinhoDiacrítica0870-89672183-91742019-07-01322Efeitos da duração do vozeamento da fricativa [z] na identificação por brasileiros, de pares mínimos produzidos por hispânicos. Insumos para a discussão sobre inteligibilidade de fala estrangeiraUbiratã Kickhöfel Alves0Luciene Bassols Brisolara1Leonardo Cláudio da Rosa2Ana Carolina Signor Buske3CNPq - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil)niversidade Federal do Rio Grande (Brasil)Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil)PROBIC e FAPERGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil) Este trabalho propõe verificar os efeitos do grau de vozeamento da fricativa [z] produzida por falantes hispânicos para o estabelecimento da distinção entre as categorias ‘surdo’ e ‘sonoro’ por parte de ouvintes brasileiros. Para a realização do estudo, coletaram-se dados de fala de seis hispânicos que residiam no Brasil há, nomáximo, doze meses. A partir das gravações e das manipulações de diferentes graus de vozeamento (referentes a 0%, 25%, 50% 75% e 100% da duração total da fricativa), foi elaborada uma tarefa de identificação no Software TP (Rauberet al. 2012), que foi aplicada a 35 estudantes universitários brasileiros. Os resultados do experimento indicaram que a atribuição do status sonoro da fricativa prescinde de uma vibração de pregas vocais que se estenda ao longo de toda a consoante. Além disso, foi possível observar que o padrão 25% de porção de vozeamento é mais dificultoso para a identificação dos aprendizes brasileiros. A análise de resultados inferenciais e descritivos individuais permitiu mostrar que não podemos considerar tal padrão como plenamente equivalente a não vozeamento, e que a transição entre as categorias ‘surda’ e ‘sonora’ varia entre os ouvintes, sem haver um ponto “limiar” comum a todos os participantes. https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/5181Português como L2Duração do vozeamento de [z]Inteligibilidade
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