Impacto do tipo de incontinência urinária sobre a qualidade de vida de usuárias do Sistema Único de Saúde no Sudeste do Brasil

<sec><title>OBJETIVO:</title><p> Identificar o impacto da incontinência urinária (IU) sobre a qualidade de vida (QV), comparar os escores dos domínios de QV em mulheres com incontinência de esforço (IUE), bexiga hiperativa (BH) e incontinência mista (IUM) e estabelecer a asso...

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Bibliographic Details
Main Authors: Carlos Augusto Faria, José Rodrigo de Moraes, Bruna Ribeiro Daflon Monnerat, Karina Agrizzi Verediano, Pedro Affonso Manhães Maciel Hawerroth, Sandra Costa Fonseca
Format: Article
Language:English
Published: Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia 2015-08-01
Series:Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032015000800374&tlng=pt
Description
Summary:<sec><title>OBJETIVO:</title><p> Identificar o impacto da incontinência urinária (IU) sobre a qualidade de vida (QV), comparar os escores dos domínios de QV em mulheres com incontinência de esforço (IUE), bexiga hiperativa (BH) e incontinência mista (IUM) e estabelecer a associação entre o tipo clínico de IU e o impacto sobre a QV.</p></sec><sec><title>MÉTODOS:</title><p> Foram coletadas informações sobre idade, índice de massa corpórea (IMC) e comorbidades de 181 mulheres incontinentes atendidas em serviço público. O <italic>King's Health Questionnaire</italic> (KHQ) foi aplicado e as pacientes foram divididas, de acordo com a autoavaliação do impacto da incontinência, em dois grupos, cujos escores dos domínios do KHQ foram comparados pelo teste de Mann-Whitney. De acordo com os sintomas, as mulheres foram divididas nos grupos IUE, BH e IUM, e os escores do KHQ foram comparados pelos testes de Kruskal-Wallis e de Dunn. As razões de chances (OR) de a mulher reportar pior impacto da IU na QV foram estimadas por modelo logístico binário. As variáveis de controle foram faixa etária, IMC e número de comorbidades.</p></sec><sec><title>RESULTADOS:</title><p> Observou-se diferença significante entre os dois grupos de autoavaliação do impacto da IU para todos os domínios do KHQ. O grupo IUM apresentou piores escores que o grupo IUE para todos os domínios, e o grupo BH, para limitações de atividades diárias e físicas. Houve diferença significante entre as chances de as mulheres dos grupos IUE e IUM reportarem pior impacto de IU na QV (OR=2,9; p=0,02).</p></sec><sec><title>CONCLUSÃO:</title><p> Assim como em outras populações de serviços especializados, a IUM foi o subtipo mais comum, e a perda urinária comprometeu de forma moderada/grave a QV, afetando o domínio limitações das atividades diárias com maior intensidade. A análise ajustada mostrou que mulheres com IUM apresentam chance aproximadamente três vezes maior de reportarem pior impacto sobre a QV que aquelas com IUE.</p></sec>
ISSN:0100-7203