A guerra contra as drogas e a fabricação do Homo sacer
A tática da guerra contra as drogas de amaldiçoar e aviltar alguns dos usuários de drogas é parte de uma estratégia maior de bloqueio a essas pessoas de se inserirem na ordem pública como cidadãs. Esse movimento de exclusão corresponde a um movimento correlato de inclusão dessas pessoas na categori...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidad de Caldas
2021-07-01
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Series: | Cultura y Droga |
Subjects: | |
Online Access: | https://revistasojs.ucaldas.edu.co/index.php/culturaydroga/article/view/6827 |
Summary: | A tática da guerra contra as drogas de amaldiçoar e aviltar alguns dos usuários de drogas é parte de uma estratégia maior de bloqueio a essas pessoas de se inserirem na ordem pública como cidadãs. Esse movimento de exclusão corresponde a um movimento correlato de inclusão dessas pessoas na categoria de Homines sacri, isto é, seres insacrificáveis, passivos a todas as formas de extermínio justificável. Ao mesmo tempo, a barreira à profanação funciona como mais uma forma de instauração de uma ordem jurídica pública e inclusiva de todos os seres humanos. Os argumentos deste artigo se baseiam em conceitos de Giorgio Agamben, como os já mencionados Homo sacer e profanação, e outros como o de bando, e de dispositivo. A esses, acrescentamos o conceito de secularização, procurando chamar a atenção sobre o papel dos agentes religiosos na manutenção ou rompimento dessas táticas de guerra, típicas de um Estado de Exceção.
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ISSN: | 0122-8455 2590-7840 |