Summary: | Durante meio século, a história da psicanálise com crianças guiou-se pelas linhas mestras estabelecidas no Colóquio sobre análise infantil, que em 1927 entronou Melanie Klein e Anna Freud como suas genuínas mães. Um dos efeitos que se produziram foi a psicanálise com crianças se haver consagrado como um campo de mulheres. Contudo, anteriores a essas mulheres, estão os que podemos considerar os pais da psicanálise com crianças — mas que não foram reconhecidos como tais. Entre eles, Karl Abraham, Carl Jung e Max Graf. O que se esconde nesse apagamento? Que efeitos isso teve na prática psicanalítica com crianças? O artigo levanta a hipótese de que a fantasia do pai sedutor dissuadiu os homens de se aventurarem nesse campo.
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