O álcool e os jovens

O consumo excessivo de álcool é uma ameaça à saúde pública mundial segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O consumo de risco está a generalizar-se na juventude europeia. Um quarto dos jovens europeus dos 15 aos 29 anos morre devido ao álcool em excesso. Portugal é uma dos países de maior cons...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rui António Rocha Tato Marinho
Format: Article
Language:English
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2008-03-01
Series:Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Subjects:
Online Access:https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10488
_version_ 1827312936809398272
author Rui António Rocha Tato Marinho
author_facet Rui António Rocha Tato Marinho
author_sort Rui António Rocha Tato Marinho
collection DOAJ
description O consumo excessivo de álcool é uma ameaça à saúde pública mundial segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O consumo de risco está a generalizar-se na juventude europeia. Um quarto dos jovens europeus dos 15 aos 29 anos morre devido ao álcool em excesso. Portugal é uma dos países de maior consumo mundial. Assiste-se ao início do consumo em idades muito precoces (13 anos), na generalização do consumo excessivo nas raparigas, e na adopção muito frequente do consumo tipo «binge drinking» (bebedeira, embriaguez). Este tem consequências muito graves. O álcool provoca cerca de 60 doenças, sendo as de maior impacto em Portugal a cirrose alcoólica e as mortes por acidentes de viação, estas particularmente nos jovens. A cirrose hepática é a décima causa de morte e cerca de 2/3 são de etiologia alcoólica. As mortes por acidentes de viação são de longe a principal causa de morte nos jovens portugueses. Noventa por cento dos acidentes mortais estão relacionados com o factor humano e estima-se que em metade o álcool em excesso esteja na origem do acidente mortal. As medidas a tomar para reduzir os danos do consumo de álcool devem assentar na informação. No entanto, para se ter resultados em termos imediatos, na vertente de evitar algumas mortes, a repressão do consumo de álcool associado à condução nos jovens, não só no aspecto preventivo (aumentar a frequência do teste do balão), como também punitivo (aplicação efectiva e exemplar da lei) é a medida comprovadamente mais eficaz. Estas medidas permitiram salvar milhares de vidas nos países onde têm sido aplicadas, como por exemplo no Reino Unido.
first_indexed 2024-04-24T21:53:36Z
format Article
id doaj.art-55bc27c72d234a3b93cdb0e60c7e37e3
institution Directory Open Access Journal
issn 2182-5181
language English
last_indexed 2024-04-24T21:53:36Z
publishDate 2008-03-01
publisher Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
record_format Article
series Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
spelling doaj.art-55bc27c72d234a3b93cdb0e60c7e37e32024-03-20T14:08:49ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812008-03-0124210.32385/rpmgf.v24i2.10488O álcool e os jovensRui António Rocha Tato Marinho0 1Gastrenterologista e Hepatologista, Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Gastrenterologia e Hepatologia do Hospital Santa Maria Professor Auxiliar da FCML, Instituto de Medicina Molecular. Pres da Assoc para o Estudo do Fígado (2007 -2009) O consumo excessivo de álcool é uma ameaça à saúde pública mundial segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O consumo de risco está a generalizar-se na juventude europeia. Um quarto dos jovens europeus dos 15 aos 29 anos morre devido ao álcool em excesso. Portugal é uma dos países de maior consumo mundial. Assiste-se ao início do consumo em idades muito precoces (13 anos), na generalização do consumo excessivo nas raparigas, e na adopção muito frequente do consumo tipo «binge drinking» (bebedeira, embriaguez). Este tem consequências muito graves. O álcool provoca cerca de 60 doenças, sendo as de maior impacto em Portugal a cirrose alcoólica e as mortes por acidentes de viação, estas particularmente nos jovens. A cirrose hepática é a décima causa de morte e cerca de 2/3 são de etiologia alcoólica. As mortes por acidentes de viação são de longe a principal causa de morte nos jovens portugueses. Noventa por cento dos acidentes mortais estão relacionados com o factor humano e estima-se que em metade o álcool em excesso esteja na origem do acidente mortal. As medidas a tomar para reduzir os danos do consumo de álcool devem assentar na informação. No entanto, para se ter resultados em termos imediatos, na vertente de evitar algumas mortes, a repressão do consumo de álcool associado à condução nos jovens, não só no aspecto preventivo (aumentar a frequência do teste do balão), como também punitivo (aplicação efectiva e exemplar da lei) é a medida comprovadamente mais eficaz. Estas medidas permitiram salvar milhares de vidas nos países onde têm sido aplicadas, como por exemplo no Reino Unido.https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10488JovensÁlcoolBinge DrinkingSinistralidade
spellingShingle Rui António Rocha Tato Marinho
O álcool e os jovens
Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Jovens
Álcool
Binge Drinking
Sinistralidade
title O álcool e os jovens
title_full O álcool e os jovens
title_fullStr O álcool e os jovens
title_full_unstemmed O álcool e os jovens
title_short O álcool e os jovens
title_sort o alcool e os jovens
topic Jovens
Álcool
Binge Drinking
Sinistralidade
url https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10488
work_keys_str_mv AT ruiantoniorochatatomarinho oalcooleosjovens
AT oalcooleosjovens