PREDITORES DE MORTALIDADE EM PACIENTES AMBULATORIAIS COM NEOPLASIAS MALIGNAS
Introdução: O TEV é a segunda causa de morte nos pacientes oncológicos, sendo ultrapassado apenas pela progressão da doença. Os critérios para a identificação dos pacientes ainda não são claros na literatura. Conhecer o risco de morte neste grupo de pacientes possibilita a realização de medidas prev...
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
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Series: | Hematology, Transfusion and Cell Therapy |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923011008 |
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author | YAV Vivas EMC Medina ES Abreu SM Rezende DD Ribeiro |
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description | Introdução: O TEV é a segunda causa de morte nos pacientes oncológicos, sendo ultrapassado apenas pela progressão da doença. Os critérios para a identificação dos pacientes ainda não são claros na literatura. Conhecer o risco de morte neste grupo de pacientes possibilita a realização de medidas preventivas. Objetivos: Avaliar a incidência de óbito, os fatores de risco relacionados a morte e a capacidade de predição dos escore Khorana e PROTECHT, em uma população de pacientes ambulatoriais com qualquer tipo de câncer sólido ou LLC, virgens de tratamento oncológico. Método: Estudo de coorte prospectivo em pacientes com diagnóstico recente de câncer > 18 anos de idade, encaminhados ao serviço de Oncologia do HC-UFMG no período de julho de 2021 a agosto de 2022. Foram utilizados modelos de regressão logística univariada e multivariada. As variáveis que apresentaram significância de pelo menos 20% foram incluídas no modelo multivariado, que utilizou o método stepwise backward. Odds Ratios (OR) com seus intervalos de confiança foram estimados. Os modelos se mostraram adequados pelo teste de Hosmer-Lemeshow e as análises foram realizadas no STATA. O tempo de segmento foi de 6 meses. Resultados: Foram incluídos 150 pacientes, maioria mulheres (58,0%) e idade > 60 anos (51,3%). O escore Khorana foi ≥ 3 em 7,6%, escore PROTECHT ≥ 3 em 16,4%, tumor predominantemente em mama em 26,7%, histologia carcinoma em 46,6%, estádio IV em 36,9%, câncer metastático em 33%. Registramos 17 óbitos (11,5 %). Foi notável que o escore PROTECHT ≥ 3 apresentou uma associação com óbitos (OR = 16,22; 95% IC: 5,14‒51,13; p < 0,001), prevendo 45,83% dos casos. O escore de Khorana ≥ 3 (OR = 13,42; 95% IC 3,52‒51,12; p = 0,0001), previu 54,54% dos óbitos. Ao realizar a análise multivariada, identificamos que a presença de trombose prévia (OR = 14,28; 95% IC 1,21‒167,89; p = 0,035;), o escore PROTECHT ≥ 3 (OR = 26,64; 95% IC 5,13‒171,19; p < 0,001;) e o tratamento paliativo (OR = 41,5, 95% IC 6,93‒248,35; p < 0,001); foram fatores preditores de mortalidade. Com esses três fatores, a probabilidade de óbito atingiu um impressionante valor de 99,10%. Discussão: O TEV é um fator prognóstico independente de mortalidade em pacientes com câncer, apesar de ainda não se ter um modelo ideal para predição de óbito. A sobrevida nos pacientes oncológicos é menor quando associada a presença de TEV ou sua recorrência. O achado do nosso estudo de trombose prévia, associada PROTECHT ≥ 3 e tratamento paliativo, pode ter relevância para prática clínica. Assim, considerando as limitações do estudo (unicêntrico, observacional, sujeito a vieses de seleção e informação, erro aleatório devido ao N restrito intervalos de confiança muito largos), obtivemos altas taxas de predição de óbito. Conclusão: Nossos dados destacam a relevância do escore PROTECHT na avaliação do risco de óbito em pacientes ambulatoriais com neoplasias malignas, especialmente quando combinado com informações sobre trombose prévia e tratamento paliativo. Além disso, observamos que o escore Khorana também tem relevância para avaliação de risco de óbitos nessa população. |
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institution | Directory Open Access Journal |
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spelling | doaj.art-5671d673686d49bcbcdaa99552d84a0b2023-10-20T06:44:11ZengElsevierHematology, Transfusion and Cell Therapy2531-13792023-10-0145S500S501PREDITORES DE MORTALIDADE EM PACIENTES AMBULATORIAIS COM NEOPLASIAS MALIGNASYAV Vivas0EMC Medina1ES Abreu2SM Rezende3DD Ribeiro4Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), Belo Horizonte, MG, BrasilUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, BrasilUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, BrasilUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, BrasilHospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), Belo Horizonte, MG, BrasilIntrodução: O TEV é a segunda causa de morte nos pacientes oncológicos, sendo ultrapassado apenas pela progressão da doença. Os critérios para a identificação dos pacientes ainda não são claros na literatura. Conhecer o risco de morte neste grupo de pacientes possibilita a realização de medidas preventivas. Objetivos: Avaliar a incidência de óbito, os fatores de risco relacionados a morte e a capacidade de predição dos escore Khorana e PROTECHT, em uma população de pacientes ambulatoriais com qualquer tipo de câncer sólido ou LLC, virgens de tratamento oncológico. Método: Estudo de coorte prospectivo em pacientes com diagnóstico recente de câncer > 18 anos de idade, encaminhados ao serviço de Oncologia do HC-UFMG no período de julho de 2021 a agosto de 2022. Foram utilizados modelos de regressão logística univariada e multivariada. As variáveis que apresentaram significância de pelo menos 20% foram incluídas no modelo multivariado, que utilizou o método stepwise backward. Odds Ratios (OR) com seus intervalos de confiança foram estimados. Os modelos se mostraram adequados pelo teste de Hosmer-Lemeshow e as análises foram realizadas no STATA. O tempo de segmento foi de 6 meses. Resultados: Foram incluídos 150 pacientes, maioria mulheres (58,0%) e idade > 60 anos (51,3%). O escore Khorana foi ≥ 3 em 7,6%, escore PROTECHT ≥ 3 em 16,4%, tumor predominantemente em mama em 26,7%, histologia carcinoma em 46,6%, estádio IV em 36,9%, câncer metastático em 33%. Registramos 17 óbitos (11,5 %). Foi notável que o escore PROTECHT ≥ 3 apresentou uma associação com óbitos (OR = 16,22; 95% IC: 5,14‒51,13; p < 0,001), prevendo 45,83% dos casos. O escore de Khorana ≥ 3 (OR = 13,42; 95% IC 3,52‒51,12; p = 0,0001), previu 54,54% dos óbitos. Ao realizar a análise multivariada, identificamos que a presença de trombose prévia (OR = 14,28; 95% IC 1,21‒167,89; p = 0,035;), o escore PROTECHT ≥ 3 (OR = 26,64; 95% IC 5,13‒171,19; p < 0,001;) e o tratamento paliativo (OR = 41,5, 95% IC 6,93‒248,35; p < 0,001); foram fatores preditores de mortalidade. Com esses três fatores, a probabilidade de óbito atingiu um impressionante valor de 99,10%. Discussão: O TEV é um fator prognóstico independente de mortalidade em pacientes com câncer, apesar de ainda não se ter um modelo ideal para predição de óbito. A sobrevida nos pacientes oncológicos é menor quando associada a presença de TEV ou sua recorrência. O achado do nosso estudo de trombose prévia, associada PROTECHT ≥ 3 e tratamento paliativo, pode ter relevância para prática clínica. Assim, considerando as limitações do estudo (unicêntrico, observacional, sujeito a vieses de seleção e informação, erro aleatório devido ao N restrito intervalos de confiança muito largos), obtivemos altas taxas de predição de óbito. Conclusão: Nossos dados destacam a relevância do escore PROTECHT na avaliação do risco de óbito em pacientes ambulatoriais com neoplasias malignas, especialmente quando combinado com informações sobre trombose prévia e tratamento paliativo. Além disso, observamos que o escore Khorana também tem relevância para avaliação de risco de óbitos nessa população.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923011008 |
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