Metodologias ativas na educação superior brasileira em saúde

Apesar dos diversos benefícios mencionados pela literatura acerca do uso de metodologias ativas na educação superior em saúde para a promoção de uma aprendizagem significativa, tais métodos têm encontrado dificuldades para efetivar-se no Brasil. Uma vez que a superação de uma problemática necessita...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Leonardo Santos de Souza, Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos, Camélia Santina Murgo
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Campinas 2020-06-01
Series:Revista Internacional de Educação Superior
Subjects:
Online Access:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/riesup/article/view/8656540
Description
Summary:Apesar dos diversos benefícios mencionados pela literatura acerca do uso de metodologias ativas na educação superior em saúde para a promoção de uma aprendizagem significativa, tais métodos têm encontrado dificuldades para efetivar-se no Brasil. Uma vez que a superação de uma problemática necessita de um diagnóstico que permita intervenções eficientes, este estudo analisou a produção nacional sobre metodologias ativas no ensino superior em saúde entre 2013 e 2018.  Trata-se de uma revisão integrativa em 5 bases de dados nacionais e internacionais, que resultou de 42 estudos elegíveis.  A maior parte da literatura (73,8%), advém de relatos de experiência e séries de casos, (níveis VI e VII de evidência) publicados em 2016 e 2017, realizados por instituições públicas (78,6%) e sem financiamento (71,4%). Foram desenvolvidas nos cursos de Enfermagem (35,7%) e Medicina (19%), buscando compreender a percepção dos estudantes (28,6%) sobre a inserção de metodologias ativas, especialmente da Aprendizagem Baseada em Problemas (25%). As principais vantagens mencionadas acerca das metodologias ativas foram a promoção de autonomia e pensamento crítico e holístico no estudante. Já os aspectos que ameaçam a efetivação da aprendizagem ativa, versaram sobre os currículos tradicionais, infraestrutura precária e, uma formação docente deficitária.  O baixo investimento em pesquisas pode justificar a dificuldade de efetivação das metodologias ativas, reforçando o uso intensivo de uma pedagogia tradicional curricular que reduz o incômodo que uma educação para a saúde brasileira baseada em evidências pode trazer a todos os indivíduos de uma cultura passiva de aprendizagem.
ISSN:2446-9424