A droga da obediência: medicalização, infância e biopoder: notas sobre clínica e política

A questão do não aprendizado na escola vem sendo alvo de inúmeras pesquisas em diversas áreas do conhecimento, e, sobremaneira, na Psicologia. Parte das discussões gira em torno de indicar as origens ou as causas, em que se destaca o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, um problema org...

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Bibliographic Details
Main Authors: Kely Magalhães Decotelli, Luiz Carlos Teixeira Bohre, Pedro Paulo Gastalho de Bicalho
Format: Article
Language:English
Published: Conselho Federal de Psicologia
Series:Psicologia: Ciência e Profissão
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932013000200014&lng=en&tlng=en
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spelling doaj.art-5694528f1e894cff9be39386cbe5328b2022-12-21T17:56:43ZengConselho Federal de PsicologiaPsicologia: Ciência e Profissão1982-370333244645910.1590/S1414-98932013000200014S1414-98932013000200014A droga da obediência: medicalização, infância e biopoder: notas sobre clínica e políticaKely Magalhães Decotelli0Luiz Carlos Teixeira Bohre1Pedro Paulo Gastalho de Bicalho2Universidade Federal do Rio de JaneiroUniversidade Federal do Rio de JaneiroUniversidade Federal do Rio de JaneiroA questão do não aprendizado na escola vem sendo alvo de inúmeras pesquisas em diversas áreas do conhecimento, e, sobremaneira, na Psicologia. Parte das discussões gira em torno de indicar as origens ou as causas, em que se destaca o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, um problema orgânico, da alçada médica, cuja solução seria a Ritalina. Assim, rapidamente como se constitui o problema, se diagnostica e se resolve. Este artigo propõe uma reflexão acerca do não aprender, analisando de que forma isso é tomado como um problema, sendo a infância, ela mesma, forjada e apreendida sob o escopo da Medicina. Como disparador dessa questão, recorremos a uma abordagem crítica do uso abusivo da Ritalina e ao conceito de biopolítica, que situa a gênese do saber médico no controle das formas de vida, constituindo um saber sobre os modos de viver, de ser criança. Muitas vezes, a Psicologia, como disciplina e campo de saber, incide nessa seara corroborando os processos de medicalização da vida. Propomos uma outra prática, imersa na problemática gênese biopolítica: uma clínica-política, na qual a Psicologia possa reapropriar-se das constituintes cognitivas e coletivas que compõem essa temática.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932013000200014&lng=en&tlng=enTranstorno de la atenciónTranstorno del aprendizajeInfanciaPolítica educacionalMedicalización
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