“FOI GENTE BOA QUEM LINCHOU”: REPRESENTAÇÕES JORNALÍSTICAS DE UM JUSTIÇAMENTO POPULAR OCORRIDO EM UMA PERIFERIA FLUMINENSE

O artigo diz respeito a uma narrativa intensiva do primeiro caso de linchamento ocorrido na Baixada Fluminense (Rio de Janeiro) no período seguinte ao movimento de colonização proletária da região - algo que localizo entre as décadas de 1950 e 1980. Trata-se do linchamento de Augusto Lopes da Silva,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: LINDERVAL AUGUSTO MONTEIRO
Format: Article
Language:English
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Departamento de História 2018-12-01
Series:Projeto História
Subjects:
Online Access:https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/40686
Description
Summary:O artigo diz respeito a uma narrativa intensiva do primeiro caso de linchamento ocorrido na Baixada Fluminense (Rio de Janeiro) no período seguinte ao movimento de colonização proletária da região - algo que localizo entre as décadas de 1950 e 1980. Trata-se do linchamento de Augusto Lopes da Silva, de 64 anos, que foi amarrado a um poste da rua das Graças em Nova Iguaçu, após ser considerado ladrão por moradores do bairro em formação de Jardim Iguaçu. Augusto foi espancado por toda a noite de 18 de janeiro de 1970, sendo o caso detalhadamente exposto pelos principais periódicos cariocas nas semanas e meses seguintes e se transformando em 1976 no episódio base do filme “Crueldade Mortal”, de Luiz Paulino de Souza. Objetivo na presente pesquisa relacionar o suplício de Augusto com as formas populares de colonizar a Baixada, bem como pensar as representações presentes nos periódicos cariocas sobre a região na década de 1970.
ISSN:0102-4442
2176-2767