Infeções do trato urinário nos cuidados de saúde primários: estado da arte
Introdução: A infeção do trato urinário (ITU) é a segunda infeção mais frequente da comunidade. Objetivos: Determinar os micro-organismos responsáveis pelas ITU nos cuidados de saúde primários e do seu perfil de sensibilidade aos antibióticos, bem como avaliar se a abordagem das ITU está a ser fe...
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2022-04-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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author | Gabriela Machado Ana Marinho Joana Afonso Marta Freitas Mara Silva Ricardo Coelho |
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Introdução: A infeção do trato urinário (ITU) é a segunda infeção mais frequente da comunidade.
Objetivos: Determinar os micro-organismos responsáveis pelas ITU nos cuidados de saúde primários e do seu perfil de sensibilidade aos antibióticos, bem como avaliar se a abordagem das ITU está a ser feita de acordo com as recomendações da DGS.
Métodos: Estudo observacional e retrospetivo em quatro USF de Almada. Foram incluídos os utentes de idade igual ou superior a 18 anos, a quem foram codificados os problemas do ICPC-2 (U71-Cistite/Infeção Urinária Outra e U70-Pielonefrite/Pielite), de julho a dezembro de 2019. A recolha da informação foi feita através do programa informático SClínico e da plataforma MIM@UF. As variáveis estudadas foram: sexo, idade, tipo de ITU, pedido de urocultura, antibioterapia empírica, resultado da urocultura e teste de sensibilidade aos antimicrobianos.
Resultados: Das 963 ITU, 88,3% ocorreram em mulheres, principalmente entre os 68 e 77 anos (18,9%). O tipo de ITU mais prevalente foi a cistite não complicada na mulher não grávida (56,3%). A antibioterapia empírica foi prescrita em 86,7% dos casos, sendo a fosfomicina o antibiótico mais utilizado (58,6%). Foram feitos 405 pedidos de urocultura, na sua maioria com resultado positivo. O micro-organismo mais frequentemente identificado foi a E. coli (66,4%), sendo o mais prevalente em todos os grupos etários e nos diferentes tipos de ITU, e sensível em 63,7% dos casos à fosfomicina. Na análise global das diferentes unidades verificou-se que a urocultura foi pedida em concordância com a norma da DGS em 70,4% dos casos e que a antibioterapia empírica esteve de acordo com a DGS em 63% dos casos.
Conclusões: Neste estudo conclui-se que as ITU são mais frequentes nas mulheres entre os 68 e 77 anos. O micro-organismo mais prevalente é a E.coli, apresentando uma sensibilidade significativa à fosfomicina e à nitrofurantoína.
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