Motivos de consulta em medicina geral e familiar: tendência evolutiva na última década na região Centro de Portugal

Objetivo: Analisar os motivos de consulta classificados segundo capítulos da International Classification for Primary Care – 2 (ICPC-2) pelos médicos de família na região Centro de Portugal, entre 2010 e 2018. Métodos: Estudo transversal observacional dos motivos de consulta classificados pelos m...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Luiz Miguel Santiago, Clarisse Calça Coelho, José Augusto Simões
Format: Article
Language:English
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2022-09-01
Series:Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Subjects:
Online Access:https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/13148
Description
Summary:Objetivo: Analisar os motivos de consulta classificados segundo capítulos da International Classification for Primary Care – 2 (ICPC-2) pelos médicos de família na região Centro de Portugal, entre 2010 e 2018. Métodos: Estudo transversal observacional dos motivos de consulta classificados pelos médicos de família de três Agrupamentos de Centros de Saúde da área da Administração Regional de Saúde do Centro, selecionados aleatoriamente, para os anos de 2010, 2012, 2014, 2016 e 2018. Obtiveram-se dados anonimizados organizados por sexo, ano, número total de consultas, número de consultas com classificação ICPC-2 do motivo de consulta e capítulos ICPC-2 registados, calculando-se as dinâmicas e crescimento. Resultados: Em 12.569.898 consultas realizadas verificou-se proporção de 5,3% de consultas com motivo de consulta classificado. Os capítulos mais classificados em todos os anos estudados foram, decrescentemente, A (15,4%), L (11,3%), D (10,3%), R (8,4%), S (9,7%) e K (7,9%). Os capítulos menos classificados foram, crescentemente, Z (1,6%), Y (1,7%), B (1,9%), W (2,1%), H (2,9%) e N (3,7%). O capítulo Z teve a maior dinâmica de crescimento de 2010 para 2018 (∆=+1,15). Discussão: Numa década de problemas socioeconómicos, os motivos de consulta registados pela ICPC-2 mantiveram-se constantes. A atividade de classificação de motivos de procura de consulta, mesmo com problemas de qualidade e volume de realização, pode ajudar na qualidade e resultado da consulta, sendo semelhantes aos já conhecidos na literatura. Conclusão: Verificou-se classificação ICPC-2 de motivos de consulta pelos médicos de família em 5,3% das consultas, sendo os capítulos invariáveis ao longo do tempo. O capítulo Z registou a maior dinâmica de crescimento no volume de classificação.
ISSN:2182-5181