A profissionalização das Forças Armadas: Um olhar sobre o seu pilar de sustentação – Os militares do regime de voluntariado e de contrato

A realidade internacional em que as estruturas de defesa das nações ocidentais tradicionalmente operavam sofreu uma mudança paradoxal com o fim da Guerra Fria. Instalou-se uma nova realidade geoestratégica pautada pela incerteza e pelo carácter multipolar e global dos conflitos, que as confrontou co...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: António Ideias Cardoso, Isabel Madeira, Francisco Sousa Marques, Cristina Poças Vilhena, Luís Vicente Baptista, José Manuel Resende, Paulo Antunes Ferreira, Patrícia Pereira
Format: Article
Language:English
Published: CICS.NOVA - Interdisciplinary Centre of Social Sciences, Universidade Nova de Lisboa 2009-12-01
Series:Forum Sociológico
Subjects:
Online Access:https://journals.openedition.org/sociologico/338
Description
Summary:A realidade internacional em que as estruturas de defesa das nações ocidentais tradicionalmente operavam sofreu uma mudança paradoxal com o fim da Guerra Fria. Instalou-se uma nova realidade geoestratégica pautada pela incerteza e pelo carácter multipolar e global dos conflitos, que as confrontou com a incapacidade de resposta dos seus tradicionais exércitos de massas, cuja vocação se baseava essencialmente na defesa territorial e que eram alimentados, essencialmente, através de mecanismos de conscrição. Um sistema de forças de dimensão mais reduzida, tecnologicamente mais desenvolvido e adaptável, quer na sua integração em forças multinacionais, quer na sua capacidade de tradução e adaptação aos contextos em que é chamado a intervir, implica necessariamente umas Forças Armadas compostas de efectivos altamente preparados e totalmente profissionais na sua acção. O que se apresenta neste artigo é uma reflexão sobre a forma como este processo de profissionalização tem sido vivido e desenvolvido pelas Forças Armadas Portuguesas, dando especial ênfase aos seus verdadeiros protagonistas: os militares. Quem são, porque ingressam, e quais as suas expectativas são as perguntas a que tentamos dar uma hipótese de resposta.
ISSN:0872-8380
2182-7427