Caracterização da prescrição de medicina física e reabilitação ao longo de um ano no ACeS de Matosinhos

Introdução: As patologias músculo-esqueléticas constituem um dos motivos mais frequentes de consulta em medicina geral e familiar. A elevada incidência destas patologias traduz-se também numa elevada necessidade de cuidados de reabilitação pelo que, em 2021, a prescrição de medicina física e reabili...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: M. Francisca Amorim, Daniela Sousa Santos, Ana Braga Reis, Carla Ponte
Format: Article
Language:English
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2024-02-01
Series:Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Subjects:
Online Access:https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/13784
Description
Summary:Introdução: As patologias músculo-esqueléticas constituem um dos motivos mais frequentes de consulta em medicina geral e familiar. A elevada incidência destas patologias traduz-se também numa elevada necessidade de cuidados de reabilitação pelo que, em 2021, a prescrição de medicina física e reabilitação (MFR) destacou-se como o segundo maior gasto relativamente ao total da despesa com meios complementares de diagnóstico e terapêutica na região Norte. Assim, importa caracterizar os principais motivos de prescrição. Objetivos: Caracterizar a prescrição de consultas de MFR relativas a patologia osteoarticular e músculo-esquelética no Agrupamento de Centros de Saúde de Matosinhos (ACeS). Métodos: Estudo observacional e retrospetivo de todas as prescrições de MFR realizadas de janeiro a dezembro/2021 em todas as unidades de saúde constituintes de um ACeS, com caracterização sociodemográfica dos utentes e análise do número de prescrições e códigos de Classificação Internacional de Cuidados de Saúde Primários associados às mesmas. Resultados: O número médio de prescrições por USF foi de 1710,07. Verificou-se que 47,94% das prescrições corresponderam a primeira consulta de MFR, enquanto 52,06% corresponderam a consulta subsequente. A maioria das prescrições foi feita a utentes do sexo feminino (65,54%), com isenção do pagamento de taxas moderadoras (58,65%) e idade média de 57,15 anos. O problema de saúde mais frequentemente codificado foi L86 – Síndrome da Coluna com irradiação de dor, seguindo-se L92 – Síndrome do Ombro Doloroso, quer para primeira consulta quer para consulta subsequente. As patologias que originaram maior número de prescrições subsequentes/utente foram esclerose múltipla e parkinsonismo. Observou-se ainda que 46,76% das prescrições se acompanhavam de código ICPC-2 correspondente a diagnóstico passível de prescrição de fisioterapia. Conclusão: Trata-se de um estudo relevante que caracterizou as prescrições de MFR, permitindo conhecer as patologias que levaram à requisição destes cuidados, podendo constituir um ponto de partida para melhorar a adequação dos recursos em saúde.
ISSN:2182-5181