Bakhtin e o grupo BMV: incongruências de uma Linguística ortodoxa
Para os autores russos, um signo tem que ser fiel à realidade, mas o que é, de fato, «ser fiel», o que é «realidade»? Eles sugerem que o pensamento só se estrutura por signos - como Peirce, que nega a realidade dos sonhos - exagerando na afirmação que o ato de sentir fome é expressão ideológica e os...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de São Paulo
2009-06-01
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Series: | Matrizes |
Online Access: | https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/38229 |
Summary: | Para os autores russos, um signo tem que ser fiel à realidade, mas o que é, de fato, «ser fiel», o que é «realidade»? Eles sugerem que o pensamento só se estrutura por signos - como Peirce, que nega a realidade dos sonhos - exagerando na afirmação que o ato de sentir fome é expressão ideológica e os gritos de um recém-nascido já são manifestações apreciativas desse novo ser. Tais autores inspiraram o estruturalismo, dizendo que um semidiscurso estrutura os homens. Apesar dessa instância, a palavra permanece neutra, afirmação estranha às suas raízes hegelianas e marxistas; o paradigma deles, ao contrário, só pode ser heideggeriano, segundo o qual só existe o ser «marcado»: olhando uma determinada coisa, eu a «situo», eu a enquadro em seu contexto. Situar é atribuir sentido e isto é mais estoico do que, de fato, marxista. |
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ISSN: | 1982-2073 1982-8160 |