Avaliação do síndrome mão-pé na utilização da capecitabina no tratamento das doentes com cancro da mama avançado
O síndrome de mão-pé (HFSR) é um potencial debilitante do efeito secundário associado às doentes submetidas a tratamento de quimioterapia com 5 FU, doxorrubicina lipossómica e capecitabina. Este evento adverso pode ter implicações na efectividade do tratamento e na qualidade de vida (QoL) da doente...
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Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa
2013-11-01
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O síndrome de mão-pé (HFSR) é um potencial debilitante do efeito secundário associado às doentes submetidas a tratamento de quimioterapia com 5 FU, doxorrubicina lipossómica e capecitabina. Este evento adverso pode ter implicações na efectividade do tratamento e na qualidade de vida (QoL) da doente. Pretendemos avaliar a incidência e severidade do HFSR em doentes com cancro da mama em tratamento com capecitabina (quimioterapia oral) assim como avaliar o impacto na QoL das pacientes que experimentaram HFSR e o impacto da QoL na família/cuidador.
É um estudo prospectivo não-interventivo realizado num período de 3 meses, a 40 mulheres que começaram tratamento paliativo de quimioterapia com capecitabina como tratamento para o cancro da mama. As doentes fizeram ciclos de tratamento de 14 dias consecutivos com capecitabina, com uma semana de intervalo entre eles, e foram avaliados os efeitos do HFSR nas doentes e família. Utilizámos respectivamente o índice dermatológico de qualidade de vida (DLQI) e o questionário do índice de qualidade de vida familiar (FDLQI).
Em relação à incidência e severidade do HFSR, o estudo refere uma diminuição estatisticamente significativa na percentagem de pacientes com grau 1 de toxicidade e um aumento dos graus de toxicidade 2 e 3, tanto para a erupção/descamação das mãos como dos pés. Cerca de 4% dos doentes tinham alterações nas unhas e tinham um grau de toxicidade de 4 à 6.ª semana de tratamento.
A análise do impacto do HFSR na QoL mostrou um aumento significativo dos resultados do DLQI,
enquanto os do FDLQI permaneceram constantes.
Minimizar o impacto do HFSR na QoL da doente é crucial para a administração de óptimas doses terapêuticas e para a obtenção do maior benefício clínico dos tratamentos com capecitabina.
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