Summary: | Com base na teoria da atividade reguladora, apresentamos, discutimos e analisamos um problema de trabalho e de saúde coletiva há décadas enfrentado por condutores de trem franceses. Empregamos dados transcritos existentes em obras de Le Guillant e Clot e aproveitamos o ponto de vista desses autores, mas - ao mesmo tempo - nele introduzimos complementos e ajustes que julgamos necessários para uma compreensão mais profunda e precisa do problema em questão. Nossos resultados dizem respeito à dinâmica do desenvolvimento da afetividade, das emoções e dos sentimentos humanos no (e fora do) trabalho. Nosso objetivo é mostrar que a afetividade, as emoções e os sentimentos se ligam indissoluvelmente à dinâmica da atividade humana, em um processo de desenvolvimento subjetivo que não se desvincula do constante processo dialógico de apropriação e (re)apropriação de instrumentos de trabalho - sejam eles técnicos ou semióticos - e que, por isso mesmo, pode envolver sérias questões não só de saúde coletiva, mas também de segurança pública.
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