OS IMPACTOS GERADOS PELA PANDEMIA DE COVID-19 NO CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS E NO PROGRAMA DE STEWARDSHIP NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECCIOSAS DE SÃO PAULO/BRASIL
Introdução/Objetivo: O uso excessivo e inadequado de antimicrobianos constitui uma problemática se tratando da Resistência Antimicrobiana reconhecida como uma ameaça global à Saúde Pública. O Gerenciamento do uso de Antimicrobianos requer diversos esforços e é fundamental o trabalho multiprofissiona...
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|---|---|
| Formato: | Artigo |
| Idioma: | English |
| Publicado em: |
Elsevier
2023-10-01
|
| Colecção: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
| Assuntos: | |
| Acesso em linha: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023001198 |
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| author | Caroline Thomaz Panico Regia Damous Fontenele Feijó Sayonara Scota Aline Aparecida Carneiro de Souza Yu Ching Lian Raquel Keiko de Luca Ito Aline Santos Ibanes Nilton José Fernandes Cavalcante |
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| description | Introdução/Objetivo: O uso excessivo e inadequado de antimicrobianos constitui uma problemática se tratando da Resistência Antimicrobiana reconhecida como uma ameaça global à Saúde Pública. O Gerenciamento do uso de Antimicrobianos requer diversos esforços e é fundamental o trabalho multiprofissional para a implantação e bom funcionamento do programa de Stewardship. A pandemia da COVID-19 acelerou a atual crise mundial de resistência aos antimicrobianos, sobretudo devido ao aumento do uso de antibióticos e devido às interrupções nas práticas de prevenção e controle de infecções em sistemas de saúde sobrecarregados. O objetivo foi verificar o consumo dos antimicrobianos da Instituição através da dose média diária (DDD) e seu impacto pré e durante a pandemia da Covid-19. Método: Estudo retrospectivo realizado entre 2018 e 2022, em um Hospital referência em Doenças Infecciosas do Estado de São Paulo. Os critérios para o consumo de antimicrobianos nas Unidades de Terapia Intensiva foi a Dose Média Diária (DDD) baseada nas recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os antimicrobianos e antifúngicos avaliados para o cálculo do DDD foram: Ampicilina-sulbactam, Cefepima, Ceftazidima, Ceftriaxone, Ciprofloxacina, Ertapenem, Imipenem, Levofloxacina, Linezolida, Meropenem, Piperacilina-tazobactam, Sulfato de Polimixina B, Anfotericina B, Teicoplanina, Vancomicina, Daptomicina, Tigeciclina, Anidulafungina, Caspofungina, Micafungina, Fluconazol e Voriconazol. Resultados: Durante o período de 2018 a 2022, a maior média anual do consumo de Antimicrobianos foi no ano de 2020 (3732,91). As médias anuais mais baixas ocorreram no período pré-pandemia nos anos de 2018 (28,22) e 2019 (44,84). Nos anos seguintes ao início da pandemia houve um decréscimo importante no consumo dos antimicrobianos em 2021 (935,8) e 2022 (1169,52) provavelmente relacionados a melhores práticas institucionais como a utilização de procalcitonina e consequentemente diminuição do uso de ceftriaxone e piperacilina-tazobactam a partir de fevereiro de 2021 para os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Conclusão: A pandemia de Covid-19 trouxe um aumento significativo no consumo dos antimicrobianos na Unidade de Terapia Intensiva, entretanto se faz importante a adesão aos protocolos institucionais para a redução do consumo dos antimicrobianos e para a implantação de boas práticas do programa de Stewardship. |
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| publishDate | 2023-10-01 |
| publisher | Elsevier |
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| series | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
| spelling | doaj.art-59cee611791e47e5803e46bcb2cca6d52023-11-16T06:06:20ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702023-10-0127102859OS IMPACTOS GERADOS PELA PANDEMIA DE COVID-19 NO CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS E NO PROGRAMA DE STEWARDSHIP NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECCIOSAS DE SÃO PAULO/BRASILCaroline Thomaz Panico0Regia Damous Fontenele Feijó1Sayonara Scota2Aline Aparecida Carneiro de Souza3Yu Ching Lian4Raquel Keiko de Luca Ito5Aline Santos Ibanes6Nilton José Fernandes Cavalcante7Corresponding author.; Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, BrasilInstituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, BrasilInstituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, BrasilInstituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, BrasilInstituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, BrasilInstituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, BrasilInstituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, BrasilInstituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, BrasilIntrodução/Objetivo: O uso excessivo e inadequado de antimicrobianos constitui uma problemática se tratando da Resistência Antimicrobiana reconhecida como uma ameaça global à Saúde Pública. O Gerenciamento do uso de Antimicrobianos requer diversos esforços e é fundamental o trabalho multiprofissional para a implantação e bom funcionamento do programa de Stewardship. A pandemia da COVID-19 acelerou a atual crise mundial de resistência aos antimicrobianos, sobretudo devido ao aumento do uso de antibióticos e devido às interrupções nas práticas de prevenção e controle de infecções em sistemas de saúde sobrecarregados. O objetivo foi verificar o consumo dos antimicrobianos da Instituição através da dose média diária (DDD) e seu impacto pré e durante a pandemia da Covid-19. Método: Estudo retrospectivo realizado entre 2018 e 2022, em um Hospital referência em Doenças Infecciosas do Estado de São Paulo. Os critérios para o consumo de antimicrobianos nas Unidades de Terapia Intensiva foi a Dose Média Diária (DDD) baseada nas recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os antimicrobianos e antifúngicos avaliados para o cálculo do DDD foram: Ampicilina-sulbactam, Cefepima, Ceftazidima, Ceftriaxone, Ciprofloxacina, Ertapenem, Imipenem, Levofloxacina, Linezolida, Meropenem, Piperacilina-tazobactam, Sulfato de Polimixina B, Anfotericina B, Teicoplanina, Vancomicina, Daptomicina, Tigeciclina, Anidulafungina, Caspofungina, Micafungina, Fluconazol e Voriconazol. Resultados: Durante o período de 2018 a 2022, a maior média anual do consumo de Antimicrobianos foi no ano de 2020 (3732,91). As médias anuais mais baixas ocorreram no período pré-pandemia nos anos de 2018 (28,22) e 2019 (44,84). Nos anos seguintes ao início da pandemia houve um decréscimo importante no consumo dos antimicrobianos em 2021 (935,8) e 2022 (1169,52) provavelmente relacionados a melhores práticas institucionais como a utilização de procalcitonina e consequentemente diminuição do uso de ceftriaxone e piperacilina-tazobactam a partir de fevereiro de 2021 para os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Conclusão: A pandemia de Covid-19 trouxe um aumento significativo no consumo dos antimicrobianos na Unidade de Terapia Intensiva, entretanto se faz importante a adesão aos protocolos institucionais para a redução do consumo dos antimicrobianos e para a implantação de boas práticas do programa de Stewardship.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023001198antimicrobianos Programa de Gerenciamento Dose Média Diária Protocolos |
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