A tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite

O novo e provocativo livro do sociólogo e cientista político Jessé Souza, atual presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), lançado no fim do ano de 2015, é um soco no estômago do clássico pensamento intelectual brasileiro, a “inteligência sequestrada” no dizer de Jessé. Sob o sar...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: George Bronzeado Andrade, Jeane Silva de Freitas
Format: Article
Language:English
Published: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 2017-04-01
Series:Estudos Internacionais
Subjects:
Online Access:http://periodicos.pucminas.br/index.php/estudosinternacionais/article/view/13313
Description
Summary:O novo e provocativo livro do sociólogo e cientista político Jessé Souza, atual presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), lançado no fim do ano de 2015, é um soco no estômago do clássico pensamento intelectual brasileiro, a “inteligência sequestrada” no dizer de Jessé. Sob o sarcástico e sugestivo título “A tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite” (pela Editora LeYa) e na esteira de outras obras suas, como “A ralé brasileira: quem é e como vivem” e “A construção social da subcidadania”, o professor da Universidade Federal Fluminense trata de empreender uma revisão crítica das idéias que nortearam o pensamento intelectual brasileiro na tentativa de identificar os paroxismos sociais, as raízes atávicas do comportamento e pensamento da sociedade brasileira, assim como desmitificar supostas “verdades” teóricas e generalizações culturais (particularizantes da sociedade brasileira) que se tornaram dogmas indevassáveis no pensamento intelectual brasileiro. Com inigualável propriedade teórica, o presidente do IPEA promove uma devastadora desconstrução de teses clássicas que impingiram visões “culturalistas” sobre como a sociedade brasileira se enxerga em desmedido equívoco, em razão dos desvios intelectuais gerados pelo pensamento conservador, amparado em matrizes liberais e, acima de tudo, calcado numa espécie de idealização de uma “ética impessoal” nortista, de base “acientífica”.
ISSN:2317-773X