A dor forasteira e o belo passageiro: perspectivas nietzschiana e freudiana

<p>O artigo desenvolve a ideia de que a experiência do Belo inclui necessariamente a dimensão da dor, a partir das obras de Freud e de Nietzsche. No primeiro autor, investigam-se a dor da antecipação do luto em face da transitoriedade da beleza, a importância do conceito de sublimação e a anál...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Maria Isabel de Andrade Fortes
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2015-08-01
Series:Psicologia USP
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642015000200279&lng=en&tlng=en
Description
Summary:<p>O artigo desenvolve a ideia de que a experiência do Belo inclui necessariamente a dimensão da dor, a partir das obras de Freud e de Nietzsche. No primeiro autor, investigam-se a dor da antecipação do luto em face da transitoriedade da beleza, a importância do conceito de sublimação e a análise sobre a experiência perturbadora de Freud diante da estátua de Moisés, de Michelangelo. No segundo, apresentam-se as principais ideias do livro <italic>O Nascimento da tragédia</italic> para demonstrar como a arte possui o poder de transformar o vazio em vitalidade, pois o sublime desloca a náusea e o horror da existência em representações com as quais é possível viver. Por isso, defende--se que o trágico supõe uma estética próxima do feio e do dissonante, fazendo do Belo uma experiência que inclui as dimensões da dor e do horror.</p>
ISSN:1678-5177