Passado e presente, imprecisões do tempo e da história em As naus, de António Lobo Antunes

Este artigo tem como objetivo principal entender, a partir da análise do romance As naus (1988), de António Lobo Antunes, as faces do sujeito pós-moderno e suas escolhas diante de uma sociedade líquida e fluida. Nesse romance, homens da contemporaneidade e mitos da história encontram-se em um tempo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Suzana Costa da Silva
Format: Article
Language:English
Published: Real Gabinete Português de Leitura 2017-07-01
Series:Convergência Lusíada
Online Access:https://www.convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/119
Description
Summary:Este artigo tem como objetivo principal entender, a partir da análise do romance As naus (1988), de António Lobo Antunes, as faces do sujeito pós-moderno e suas escolhas diante de uma sociedade líquida e fluida. Nesse romance, homens da contemporaneidade e mitos da história encontram-se em um tempo comum e convivem naturalmente na cidade de Lisboa. Alguns personagens servem de base para a reflexão de uma sociedade fragmentada e marcada pelo deslocamento constante dos sujeitos que a compõem. Mostraremos ainda como, na obra, o passado é utilizado para se desconstruir criticamente o presente, através da metaficção historiográfica. Em suma, o desembarque desprovido de glória em Lisboa dos antigos heróis ilustres, cinco séculos depois de terem partido, é o fato culminante dessa elaborada antiepopeia.
ISSN:2316-6134