Summary: | A exemplo do que ocorre com outros fármacos, a
biodisponibilidade da anfotericina B (AmB) através da
via ocular repreesenta um grande desafio para a pesquisa
científica. Na verdade, a baixa biodisponibilidade
apresentada por tal molécula é devido, principalmente,
a presença das barreiras oculares que impedem a
absorção deste fármaco para os tecidos internos. A
toxicidade associada a este fármaco, assim como a sua
baixa capacidade em permear a córnea íntegra também
consiste em um problema associado ao seu uso clínico.
Novos veículos seguros e eficazes para a liberação ocular
da AmB são, portanto, necessários. As microemulsões
(MEs) aparecem como um interessante sistema devido
à sua transparência, estabilidade termodinâmica e
favorável viscosidade. O conhecimento do processo
de formação das MEs contendo AmB, assim como
a compreensão de toda a sua caracterização físicoquímica
correspondem a aspectos importantes para
se determinar as condições favoráveis para que estes
sistemas venham a ser empregados como colírios. Esta
revisão tem como objetivo, portanto, abordar este tema
enfatizando os principais aspectos relacionados com a
utilização de MEs como sistemas de liberação para a
AmB através da via tópica oftálmica.
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