Indicadores de estresse, depressão e qualidade de vida em pessoas com deficiência sem vínculo de trabalho

Introdução: A Lei de Cotas ampliou a inserção de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho, todavia são muitos os desafios para a garantia dos direitos desta população. Capacitações e encaminhamentos ao trabalho são realizados por instituições de reabilitação e assistência social para qu...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Daniele Stevanato, Lúcia Pereira Leite, Marianne Ramos Feijó
Format: Article
Language:English
Published: Editora Unijuí 2022-10-01
Series:Revista Contexto & Saúde
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/13491
Description
Summary:Introdução: A Lei de Cotas ampliou a inserção de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho, todavia são muitos os desafios para a garantia dos direitos desta população. Capacitações e encaminhamentos ao trabalho são realizados por instituições de reabilitação e assistência social para que ocorra a inserção no trabalho das PCDs que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Há, contudo, falta de iniciativa de algumas PCDs e seus familiares, por desinformação ou medo da perda do BPC. Objetivos: investigar o estresse, depressão e qualidade de vida das PCDs que recebem o BPC e identificar seu interesse pelo mercado de trabalho. Participantes: 16 beneficiários adultos. Procedimentos: aplicação individual de Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, Escala Baptista de Depressão, Questionário de Qualidade de Vida (WHOQOL-bref) e questionário sociodemográfico. Resultados: 75% da amostra apresentou estresse; 37,5% sintomatologia para depressão leve ou moderada; PCD visual com piores índices de qualidade de vida para os domínios físico, meio ambiente e relações sociais e PCD intelectual com índices ruins nos domínios psicológico e relações sociais. Conclusão: estresse, depressão e qualidade de vida não representaram uma limitação para interesse laboral, no entanto algumas PCDs e seus familiares temem a perda do benefício, pois o BPC, muitas vezes, é a única renda recebida. Há necessidade de intervenção junto as PCDs e famílias, com políticas públicas buscando melhorias das condições apontadas, por meio da informação e estímulo à inserção no trabalho.
ISSN:1676-188X
2176-7114