Eugenia em A Máquina do Tempo de H.G. Wells

O final do século XIX foi um período de contradição entre o otimismo intelectual quanto ao progresso teleológico da história e uma realidade social de desigualdade e miséria urbana. O escritor H.G. Wells se posicionava entre os dois lados, sendo um biólogo de formação e um ativista preocupado com a...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Denis Marcio Rodrigues Junior, Daniele Ornaghi Sant’Anna
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade de Brasília 2021-06-01
Series:Em Tempo de Histórias
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/36456
Description
Summary:O final do século XIX foi um período de contradição entre o otimismo intelectual quanto ao progresso teleológico da história e uma realidade social de desigualdade e miséria urbana. O escritor H.G. Wells se posicionava entre os dois lados, sendo um biólogo de formação e um ativista preocupado com as imensas dificuldades enfrentadas pela classe operária. Em sua obra A Máquina do Tempo (1895), essas preocupações se evidenciam quando o protagonista se depara com a sociedade do futuro: uma distopia onde a evolução da espécie humana, deixada à própria sorte, conduz à radicalização da desigualdade em duas espécies: os eloi e os morlocks. Dialogando com o gênero literário de utopia, o livro serve como veículo para que o autor critique seu contexto histórico e, então influenciado por Francis Galton e Thomas Huxley, deixe transparecer o que via como solução: o controle consciente do processo de evolução através da eugenia.
ISSN:1517-1108
2316-1191