Políticas públicas de saúde do homem do campo no semiárido nordestino
O estudo buscou desvelar os fatores impeditivos à realização do exame de toque, analisando e discutindo aspectos como identidade, subjetividade e gênero, na perspectiva de compreender como se dava o mecanismo de interdição ou comprometimento da Política de Atenção Integral à saúde do homem. Objetivo...
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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
2020-10-01
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author | André Luiz Abrantes Oliveira Bertulino José de Souza |
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description | O estudo buscou desvelar os fatores impeditivos à realização do exame de toque, analisando e discutindo aspectos como identidade, subjetividade e gênero, na perspectiva de compreender como se dava o mecanismo de interdição ou comprometimento da Política de Atenção Integral à saúde do homem. Objetivou analisar a natureza complexa e conflitiva do exame de toque e suas implicações para os estudos de gênero. A metodologia de natureza qualitativa e com um viés interpretativo foi apoiada na abordagem fenomenológica, cujo percurso versou pela: análise e interpretação teórica de estudos e documentos relacionados ao objeto de estudos; elaboração e aplicação de roteiro de entrevistas (foram gravadas, transcritas e analisadas) com 31 voluntários – todos homens, maiores de 45 anos e moradores da comunidade rural de Alexandria – RN, nos sítios Maniçoba e Cacimba de Cima; interpretação dos resultados e considerações. Os resultados evidenciaram que os homens procuravam os postos de saúde com pouca frequência, justificando a ausência de necessidade. Contrariamente, notaram-se posturas e afirmações de masculinidade/virilidade que sobrepunham qualquer demanda no campo da saúde, sobretudo quando versavam sobre doenças graves, como o câncer de próstata. Percebeu-se que a subjetividade do exame, onde o corpo do homem é tocado, parece ser mais significativa que o cuidado de si. Evidenciou-se nas comunidades rurais estudadas, a necessidade de criação e fortalecimento de quadros profissionais para atuarem no combate ao preconceito e na elaboração de sólido planejamento no campo da saúde do homem. |
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spelling | doaj.art-5f60a7678cec47a7a6f47b88889c13ec2022-12-22T00:52:21ZengUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroEstudos Sociedade e Agricultura2526-77522020-10-0128364467510.36920/esa-v28n3-7Políticas públicas de saúde do homem do campo no semiárido nordestinoAndré Luiz Abrantes Oliveira0https://orcid.org/0000-0001-7830-4432Bertulino José de Souza1https://orcid.org/0000-0002-9866-9305Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, BrasilUniversidade do Estado do Rio Grande do Norte, BrasilO estudo buscou desvelar os fatores impeditivos à realização do exame de toque, analisando e discutindo aspectos como identidade, subjetividade e gênero, na perspectiva de compreender como se dava o mecanismo de interdição ou comprometimento da Política de Atenção Integral à saúde do homem. Objetivou analisar a natureza complexa e conflitiva do exame de toque e suas implicações para os estudos de gênero. A metodologia de natureza qualitativa e com um viés interpretativo foi apoiada na abordagem fenomenológica, cujo percurso versou pela: análise e interpretação teórica de estudos e documentos relacionados ao objeto de estudos; elaboração e aplicação de roteiro de entrevistas (foram gravadas, transcritas e analisadas) com 31 voluntários – todos homens, maiores de 45 anos e moradores da comunidade rural de Alexandria – RN, nos sítios Maniçoba e Cacimba de Cima; interpretação dos resultados e considerações. Os resultados evidenciaram que os homens procuravam os postos de saúde com pouca frequência, justificando a ausência de necessidade. Contrariamente, notaram-se posturas e afirmações de masculinidade/virilidade que sobrepunham qualquer demanda no campo da saúde, sobretudo quando versavam sobre doenças graves, como o câncer de próstata. Percebeu-se que a subjetividade do exame, onde o corpo do homem é tocado, parece ser mais significativa que o cuidado de si. Evidenciou-se nas comunidades rurais estudadas, a necessidade de criação e fortalecimento de quadros profissionais para atuarem no combate ao preconceito e na elaboração de sólido planejamento no campo da saúde do homem.https://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/esa28-3_07_saudeidentidadesubjetividadepolíticas públicas de saúdesemiárido |
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