Tratamento de sífilis adquirida com azitroicina

Introdução: A sífilis é uma DST altamente prevalente em todo o mundo, acometendo principalmente populações e países com problemas socioeconômicos e culturais. Todavia, desafiando a medicina, também é problema em países desenvolvidos. Os estudos comparativos sobre terapêuticas são poucos. Nos último...

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Bibliographic Details
Main Authors: Mauro R.L. Passos, Rubem A. Goulart Filho, Altamiro, V.V. Carvalho, Nero A. Barreto, Auri V.S. Nascimento, Renata Q. Varella, Vandira M.S. Pinheiro, Rogério R. Tavares, Cláudio C.C. Santos, Patrícia M.C. Azevedo
Format: Article
Language:English
Published: Zeppelini Editorial e Comunicacao 2001-09-01
Series:DST
Subjects:
Online Access:https://bjstd.org/revista/article/view/383
Description
Summary:Introdução: A sífilis é uma DST altamente prevalente em todo o mundo, acometendo principalmente populações e países com problemas socioeconômicos e culturais. Todavia, desafiando a medicina, também é problema em países desenvolvidos. Os estudos comparativos sobre terapêuticas são poucos. Nos últimos anos, mesmo em número pequeno, vários estudos envolvendo azitromicina apresentaram excelentes taxas de cura. Objetivo: Avaliar a eficácia da azitromicina no tratamento de sífilis adquirida em pacientes na qual a utilização de penicilina G benzatina teve alguma impossibilidade. Metodologia: Estudo aberto, num único centro, o Setor de DST-UFF, Niterói, Rio de Janeiro, período de 1997 a 2000, 57 pacientes com sífilis recente (primária/secundária) e latente precoce foram acompanhados. O diagnóstico foi por bacterioscopia em campo escuro e/ou sorologia de VDRL. O seguimento sorológico foi bimensal. Os pacientes foram divididos em dois grupos: A- 1g de azitromicina/semana por 3 semanas ; B- 1 g de azitromicina / semana por 4 semanas. Critério de cura: remissão da sintomatologia e declínio de quatro títulos da sorologia pré tratamento ou sua negativação. Resultados: Todos os pacientes que apresentavam lesões genitais e/ou dermatológicas , 50/57 evoluíram com regressão das mesmas em duas semanas. Não ocorreram efeitos colaterais importantes nem hipersensibilidade ao medicamento. No grupo A (3 doses) a taxa de cura foi 27/27 (100%) e no B (4 doses) foi 28/30 (93,4 %) com um total de 55/57 (6,7%), não apresentando diferença significativa entre os grupos. As intercorrências clínicas foram: 6/57 (10,5%) HIV positivo, 5/57 (8,8%) com HPV , 5/57 (8,8%) com candidíase, 2/57 (3,5 %) com tricomoníase e 1/57 (1,8%) com cancro mole. A reação de Jarish- Herxheimer ocorreu em três pacientes. Conclusão: Com a experiência trazida pela rotina do Setor de DST-UFF, conclui-se que a azitromicina pode ser adotada como um tratamento prático, seguro e eficaz da sífilis adquirida em pacientes nas fases recente e latente precoce.
ISSN:2177-8264