Rodízio de Opioides: uma Análise Descritiva
Introdução: O uso de opioides deve ser individualizado e a troca por outro opioide pode ser necessária (rodízio de opioide). Objetivo: Identificar como foi realizado o rodízio de opioide e se o efeito desejado foi atingido em pacientes internados em uma unidade especializada em cuidados paliativos o...
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Instituto Nacional de Câncer (INCA)
2021-02-01
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author | Simone Garruth dos Santos Machado Sampaio Luciana Branco da Motta Célia Pereira Caldas |
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description | Introdução: O uso de opioides deve ser individualizado e a troca por outro opioide pode ser necessária (rodízio de opioide). Objetivo: Identificar como foi realizado o rodízio de opioide e se o efeito desejado foi atingido em pacientes internados em uma unidade especializada em cuidados paliativos oncológicos. Método: Análise post hoc do estudo de perfil de pacientes internados em um hospital público de cuidados paliativos oncológicos no Rio de Janeiro, entre setembro e novembro de 2016. As internações foram acompanhadas longitudinalmente por revisão de prontuário com coleta diária da escala verbal numérica (EVN). A dor foi considerada controlada quando EVN = 0. Doses, via de administração e rodízio (fármaco e motivo) dos opioides foram observados. O tempo para controle da dor foi calculado quando este foi o motivo. Resultados: Foram observados 104 rodízios de opioides em 90 internações (22,5%), sendo 49% entre opioides fortes e 43% de fraco para forte. Principais motivos foram dor (40%) e dispneia (36%). O tempo para EVN = 0 foi 1,6 dias (+/-1,8; IC95% 1,0-2,1), sendo mais demorado na troca por metadona (média 2,7 dias +/-2,5; IC95% 1,0-4,4). Comparando a dose de morfina oral por equipotência analgésica, houve aumento de 10% na dose do opioide de destino, sendo esse aumento maior quando no rodízio por dispneia (38%). Conclusão: Embora o controle de dor tenha sido superior ao descrito por outros trabalhos, o aumento da dose equipotente do opioide não é corroborado por protocolos. Maior vigilância e outros estudos são recomendados na unidade. |
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spelling | doaj.art-5fca2f8693ba484ca29fa40e9d87f5862024-03-02T00:59:40ZengInstituto Nacional de Câncer (INCA)Revista Brasileira de Cancerologia0034-71162176-97452021-02-0167210.32635/2176-9745.RBC.2021v67n2.1179Rodízio de Opioides: uma Análise DescritivaSimone Garruth dos Santos Machado Sampaio0Luciana Branco da Motta1Célia Pereira Caldas2Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital do Câncer IV (HCIV). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Núcleo de Atenção ao Idoso (NAI). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Núcleo de Atenção ao Idoso (NAI). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Introdução: O uso de opioides deve ser individualizado e a troca por outro opioide pode ser necessária (rodízio de opioide). Objetivo: Identificar como foi realizado o rodízio de opioide e se o efeito desejado foi atingido em pacientes internados em uma unidade especializada em cuidados paliativos oncológicos. Método: Análise post hoc do estudo de perfil de pacientes internados em um hospital público de cuidados paliativos oncológicos no Rio de Janeiro, entre setembro e novembro de 2016. As internações foram acompanhadas longitudinalmente por revisão de prontuário com coleta diária da escala verbal numérica (EVN). A dor foi considerada controlada quando EVN = 0. Doses, via de administração e rodízio (fármaco e motivo) dos opioides foram observados. O tempo para controle da dor foi calculado quando este foi o motivo. Resultados: Foram observados 104 rodízios de opioides em 90 internações (22,5%), sendo 49% entre opioides fortes e 43% de fraco para forte. Principais motivos foram dor (40%) e dispneia (36%). O tempo para EVN = 0 foi 1,6 dias (+/-1,8; IC95% 1,0-2,1), sendo mais demorado na troca por metadona (média 2,7 dias +/-2,5; IC95% 1,0-4,4). Comparando a dose de morfina oral por equipotência analgésica, houve aumento de 10% na dose do opioide de destino, sendo esse aumento maior quando no rodízio por dispneia (38%). Conclusão: Embora o controle de dor tenha sido superior ao descrito por outros trabalhos, o aumento da dose equipotente do opioide não é corroborado por protocolos. Maior vigilância e outros estudos são recomendados na unidade.https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/1179Cuidados PaliativosManejo da DorAnalgésicos Opioides/administração & dosagemConduta do Tratamento Medicamentoso |
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