Deficiências e incapacidades por Hanseníase: Avaliação clínica e epidemiológica dos pacientes atendidos em um Centro de Referência Nacional do Brasil
A classificação de incapacidades nos graus 0, 1 e 2 nos pacientes com hanseníase é usada como indicador da qualidade dos métodos preventivos e curativos da doença, entretanto, algumas deficiências e incapacidades não estão contempladas nesse sistema. Esta pesquisa realizou um levantamento de incapa...
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Published: |
Instituto Lauro de Souza Lima
2012-06-01
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Series: | Hansenologia Internationalis |
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Online Access: | https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35083 |
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author | Anne Kelly Azevedo Kil Caroline Marchesoti Silvestre Lara Miranda Kaminice Lídia Batista Quintino Lorena Borges de Lima Mariana Barbosa Paranhos Themissa Helena Voss Ana Carolina Sousa Rodrigues da Cunha Deyse Alves Montalvão Mainenti Isabela Maria Bernardes Goulart |
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A classificação de incapacidades nos graus 0, 1 e 2 nos pacientes com hanseníase é usada como indicador da qualidade dos métodos preventivos e curativos da doença, entretanto, algumas deficiências e incapacidades não estão contempladas nesse sistema. Esta pesquisa realizou um levantamento de incapacidades decorrentes da hanseníase em um Centro de Referência nacional do Brasil, por meio de estudo retrospectivo, com análise de prontuários de 318 pacientes atendidos no período de 2003 a 2008 e software específico. Houve predomínio de casos multibacilares (63%), de formas clínicas dimorfas-tuberculóides (41,5%) e do sexo masculino (58,5%). Os nervos mais acometidos foram ulnar (22,3%), tibial (21,7%) e fibular (20,7%). Dos casos analisados, 41,5% apresentavam algum tipo de deficiência, sendo 81,1% multibacilar. Os sítios mais acometidos foram os pés (51,8%), seguidos pelas mãos (29%), olhos (10,9%) e nariz (8,3%). As deficiências mais comuns foram artelhos em martelo (2,8%) e lesões tróficas (2,5%) no pé; garra móvel (3,1%) e lesões tróficas (2,8%) na mão; madarose superciliar (2,8%) e perfuração do septo nasal (1,2%). Na alta houve diminuição do número pacientes com deficiências por sítio, exceto oculares, com aumento de 2,5%. Os resultados enfatizam a necessidade de promover assistência detalhada no atendimento realizado no SUS e de adequar os parâmetros utilizados no estadiamento dos pacientes, que atualmente omite alterações funcionais e estéticas dos sítios orgânicos representativas de obstáculos à integração social. A reprodução desse tipo de estudo fornecerá subsídios para que a gestão do SUS desenvolva estratégias que tratem a hanseníase como doença crônica e incapacitante.
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