A liberdade em A montanha mágica

Em meio à paisagem montanhosa dos Alpes suíços, um sanatório para doenças respiratórias. As muitas tosses ali em longo tratamento não possuem compromissos mais sérios que não sejam seguir o horário habitual das refeições e dos repousos. Diante desse meio espacialmente estagnado e temporalmente herm...

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Bibliographic Details
Main Author: Thiago Henrique de Camargo Abrahão
Format: Article
Language:deu
Published: Universidade de São Paulo 2020-03-01
Series:Pandaemonium Germanicum: Revista de Estudos Germanísticos
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/167386
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spelling doaj.art-60755247cd9440c990fb44befd67121e2022-12-22T00:03:06ZdeuUniversidade de São PauloPandaemonium Germanicum: Revista de Estudos Germanísticos1414-19061982-88372020-03-012340A liberdade em A montanha mágicaThiago Henrique de Camargo Abrahão0Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Em meio à paisagem montanhosa dos Alpes suíços, um sanatório para doenças respiratórias. As muitas tosses ali em longo tratamento não possuem compromissos mais sérios que não sejam seguir o horário habitual das refeições e dos repousos. Diante desse meio espacialmente estagnado e temporalmente hermético de A montanha mágica, de Thomas Mann, a liberdade mostra-se amortecida. Não nos referimos, evidentemente, à liberdade criativa do autor alemão, cuja prova de grandeza é o romance em si, tampouco à liberdade interpretativa do leitor, mas à liberdade – ou, antes, sua atenuação – problematizada pelas personagens dessa longa história. É o caso do jovem protagonista Hans Castorp, cujo aprendizado a respeito do tema paradoxalmente ocorre durante sua estada num lugar que sequestra sua liberdade. Isso se dá não apenas porque a personagem principal é incapaz de eleger, sem constrangimentos, os valores que embasam suas escolhas, mas também porque isso é dificultado pela situação espaçotemporal anômala ou, segundo o título, “mágica” da montanha. Como essa problemática é apresentada narrativamente, por meio de alguns índices de liberdade – ou seja, elementos que modificam, para as personagens e para o leitor, a indeterminação da narrativa –, é o que queremos apresentar. https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/167386teoria literárialiberdadeA montanha mágica
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