CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES QUE EVOLUÍRAM COM LESÃO RENAL AGUDA NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA COVID-19 NO ESTADO DA BAHIA EM 2020
Introdução: O Instituto Couto Maia (ICOM) foi o primeiro hospital da Bahia a se tornar referência para assistência aos pacientes regulados, suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Nesse período, foram atendidos muitos pacientes com quadro clínico de maior ou menor gravidade, que...
Main Authors: | , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2022-09-01
|
Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867022003397 |
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author | Mariana Souza Santos Oliveira Acácia Mayra Pereira Lima Lindracy Luara Bollis Caliari Caroline Castro Vieira Áurea Angelica Paste Luis Eugenio de Souza Ceuci Nunes |
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description | Introdução: O Instituto Couto Maia (ICOM) foi o primeiro hospital da Bahia a se tornar referência para assistência aos pacientes regulados, suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Nesse período, foram atendidos muitos pacientes com quadro clínico de maior ou menor gravidade, que apresentaram diversas complicações com desfechos variados. A literatura tem registrado que a lesão renal aguda (LRA) em pacientes hospitalizados com COVID-19 está associada a um pior prognóstico e a maior mortalidade. Além disso, outros fatores estão associados ao desenvolvimento de LRA, como gênero masculino, idade igual ou superior a 60 anos e a presença de comorbidades como obesidade, Diabetes, Hipertensão Arterial Sistêmica e outras Doenças Cardiovasculares. Objetivo: Caracterizar o perfil demográfico e clínico dos pacientes hospitalizados com COVID-19 no ICOM, durante o ano de 2020, que desenvolveram LRA durante o internamento. Método: Estudo transversal com base em dados obtidos nos prontuários da instituição hospitalar ICOM e exportados para o RedCap®, coletados entre 2020-2021, referentes aos pacientes internados por COVID-19, no ano de 2020. Os dados foram analisados no software Stata-17, onde foi realizada a análise descritiva de frequência e proporções. Resultados: Durante o ano de 2020, foram atendidos 1.768 pacientes com suspeita ou diagnóstico de COVID-19 no ICOM. Desses, 329 (18,6%) desenvolveram LRA como complicação. Dos pacientes com LRA (329), 78,11% foram a óbito e 13,67% tiveram alta. A maioria era do sexo masculino (62,61%) e estava na faixa etária de 60 anos ou mais (62,91%). Além disso, dentre esses 329 pacientes que desenvolveram LRA, a maioria era de hipertensos (63,52%), muitos eram diabéticos (44,07%), obesos (23,1%) ou portadores de doença cardiovascular (22,49%). Curiosamente, havia doença renal crônica prévia em apenas 6,38% deles. A grande maioria (86%) dos pacientes que tiveram LRA foram internados, desde o momento da admissão, em Unidade de Terapia Intensiva. Conclusão: Na experiência do ICOM, a ocorrência de LRA em pessoas com COVID-19 está associada a um prognóstico evolutivo desfavorável, incluindo uma taxa de mortalidade mais elevada. Os fatores associados ao desenvolvimento de LRA encontrados nesse estudo coincidem com os que vêm sendo observados na literatura sobre o tema. Ag. Financiadora: CNPQ. |
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spelling | doaj.art-607b781c9ecc4c5caab90c27f6e6f6552022-12-22T04:24:49ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702022-09-0126102652CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES QUE EVOLUÍRAM COM LESÃO RENAL AGUDA NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA COVID-19 NO ESTADO DA BAHIA EM 2020Mariana Souza Santos Oliveira0Acácia Mayra Pereira Lima1Lindracy Luara Bollis Caliari2Caroline Castro Vieira3Áurea Angelica Paste4Luis Eugenio de Souza5Ceuci Nunes6Instituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil; Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, BrasilInstituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil; Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, BrasilInstituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil; Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, BrasilInstituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil; Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, BrasilInstituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil; Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, BrasilInstituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil; Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, BrasilInstituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil; Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, BrasilIntrodução: O Instituto Couto Maia (ICOM) foi o primeiro hospital da Bahia a se tornar referência para assistência aos pacientes regulados, suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Nesse período, foram atendidos muitos pacientes com quadro clínico de maior ou menor gravidade, que apresentaram diversas complicações com desfechos variados. A literatura tem registrado que a lesão renal aguda (LRA) em pacientes hospitalizados com COVID-19 está associada a um pior prognóstico e a maior mortalidade. Além disso, outros fatores estão associados ao desenvolvimento de LRA, como gênero masculino, idade igual ou superior a 60 anos e a presença de comorbidades como obesidade, Diabetes, Hipertensão Arterial Sistêmica e outras Doenças Cardiovasculares. Objetivo: Caracterizar o perfil demográfico e clínico dos pacientes hospitalizados com COVID-19 no ICOM, durante o ano de 2020, que desenvolveram LRA durante o internamento. Método: Estudo transversal com base em dados obtidos nos prontuários da instituição hospitalar ICOM e exportados para o RedCap®, coletados entre 2020-2021, referentes aos pacientes internados por COVID-19, no ano de 2020. Os dados foram analisados no software Stata-17, onde foi realizada a análise descritiva de frequência e proporções. Resultados: Durante o ano de 2020, foram atendidos 1.768 pacientes com suspeita ou diagnóstico de COVID-19 no ICOM. Desses, 329 (18,6%) desenvolveram LRA como complicação. Dos pacientes com LRA (329), 78,11% foram a óbito e 13,67% tiveram alta. A maioria era do sexo masculino (62,61%) e estava na faixa etária de 60 anos ou mais (62,91%). Além disso, dentre esses 329 pacientes que desenvolveram LRA, a maioria era de hipertensos (63,52%), muitos eram diabéticos (44,07%), obesos (23,1%) ou portadores de doença cardiovascular (22,49%). Curiosamente, havia doença renal crônica prévia em apenas 6,38% deles. A grande maioria (86%) dos pacientes que tiveram LRA foram internados, desde o momento da admissão, em Unidade de Terapia Intensiva. Conclusão: Na experiência do ICOM, a ocorrência de LRA em pessoas com COVID-19 está associada a um prognóstico evolutivo desfavorável, incluindo uma taxa de mortalidade mais elevada. Os fatores associados ao desenvolvimento de LRA encontrados nesse estudo coincidem com os que vêm sendo observados na literatura sobre o tema. Ag. Financiadora: CNPQ.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867022003397 |
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