Adequação dos balanços energético e proteico na nutrição por via enteral em terapia intensiva: quais são os fatores limitantes?

Objetivo: Determinar os fatores que influenciam na adequação da terapia nutricional enteral em uma unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo prospectivo e observacional realizado em uma unidade de terapia intensiva entre 2010 e 2012. Foram incluídos pacientes >18 anos em terapia nutricion...

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Main Authors: Lia Mara Kauchi Ribeiro, Ronaldo Sousa Oliveira Filho, Lucia Caruso, Patricia Azevedo Lima, Nágila Raquel Teixeira Damasceno, Francisco Garcia Soriano
Format: Article
Language:English
Published: Associação de Medicina Intensiva Brasileira 2014-04-01
Series:Revista Brasileira de Terapia Intensiva
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description Objetivo: Determinar os fatores que influenciam na adequação da terapia nutricional enteral em uma unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo prospectivo e observacional realizado em uma unidade de terapia intensiva entre 2010 e 2012. Foram incluídos pacientes >18 anos em terapia nutricional enteral exclusiva por ≥72 horas. As necessidades de energia e proteínas foram calculadas segundo protocolo da unidade. Foram coletados diariamente dados relacionados à nutrição enteral, causas de não conformidade e exames bioquímicos. Resultados: Dentre os pacientes internados na unidade, 93 foram avaliados, 82% iniciaram a terapia nutricional enteral precocemente e 80% atingiram a meta nutricional em <36 horas. Foram administrados 81,6% (±15,4) de volume de terapia nutricional enteral, com adequação de 82,2% (±16,0) de calorias, 82,2% (±15,9) de proteínas e balanço energético médio de -289,9 kcal/dia (±277,1). Houve correlação negativa da proteína C-reativa com o volume administrado e os balanços energético e proteico, e correlação positiva com o tempo para atingir a meta nutricional. A pausa para extubação foi a principal causa de interrupções (29,9% das horas de pausa) e os pacientes >60 anos apresentaram menor porcentagem de recuperação da via oral em relação aos mais jovens (p=0,014). Conclusão: O início precoce da terapia nutricional enteral, e a adequação do volume administrado, de energia e de proteínas estiveram de acordo com as diretrizes. A inadequação dos balanços energético e proteico parece estar associada à resposta inflamatória aguda (proteína C-reativa elevada). A principal causa de interrupção da oferta da terapia nutricional foi a pausa para extubação.
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