A sobrevivência da estátua

No poema de Manuel Bandeira o cacto é uma estátua. Essa estátua tomba e interrompe a vida na cidade. Na morte o cacto se historiciza e, nesse sentido, ganha vida. A montagem das imagens no poema e sua leitura vertical, livre, nos apontam para outras imagens como as da escultura negra de Carl Einstei...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: André Piazera Zacchi
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2020-05-01
Series:Boletim de Pesquisa NELIC
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/nelic/article/view/61534
Description
Summary:No poema de Manuel Bandeira o cacto é uma estátua. Essa estátua tomba e interrompe a vida na cidade. Na morte o cacto se historiciza e, nesse sentido, ganha vida. A montagem das imagens no poema e sua leitura vertical, livre, nos apontam para outras imagens como as da escultura negra de Carl Einstein e sua leitura por Chris Marker e Alain Resnais em As estátuas também morrem, ou imagens como as poses dos nativos em ¡Que viva México! de Eisenstein. A morte revolucionária e a intratabilidade fazem do cacto uma estátua sobrevivente.
ISSN:1518-7284
1984-784X