ASSIMETRIAS DE GÊNERO NA CIÊNCIA BAIANA:UMA ABORDAGEM INSTITUCIONALISTA

Este artigo tem por objetivo avaliar a evolução da proporção de mulheres na formação e produção científica na Bahia e verificar as possíveis assimetrias de gênero na ciência baiana. As estatísticas são utilizadas de forma agregada e em análises segmentadas sobre a participação feminina: em projetos...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Roberto Paulo Machado Lopes
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia 2018-07-01
Series:Revista Binacional Brasil - Argentina
Subjects:
Online Access:https://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/4078
Description
Summary:Este artigo tem por objetivo avaliar a evolução da proporção de mulheres na formação e produção científica na Bahia e verificar as possíveis assimetrias de gênero na ciência baiana. As estatísticas são utilizadas de forma agregada e em análises segmentadas sobre a participação feminina: em projetos de inovação, na coordenação de projetos em áreas estratégicas e de excelência e na liderança de grupos que trabalham na fronteira da ciência. A base da análise deste trabalho é a Nova Economia Institucional (NEI), a partir da discussão sobre a qualidade das instituições e seu papel em canalizar, padronizar ou coordenar as interações entre os agentes sociais. O estudo utiliza como proxy da participação feminina na produção científica na Bahia a aprovação de projetos nos editais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), entre os anos de 2008 e 2015. A formação científica por gênero é avaliada tendo por base as bolsas de pós-graduação e de iniciação científica concedidas pela Fapesb, entre os anos 2010 e 2017. A base para avaliação do mérito científico foram as bolsas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os principais resultados mostram uma redução na desigualdade nos dados agregados, mas a persistência de fortes assimetrias na participação feminina em projetos de inovação e na liderança de grupos de excelência, que acaba se refletindo na baixa proporção de mulheres com bolsa produtividade 1 (PQ-1), do CNPq. A formação científica mostra uma reversão das desigualdades, com larga vantagem feminina.
ISSN:2316-1205