Atuação de fonoaudiólogos em Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO): trajetórias e desafios da formação profissional
Os fonoaudiólogos têm, de modo crescente, integrado equipes de Centros de Atenção Psicossocial e de Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO) e serviços que integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Os paradigmas adotados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Política de Atenção Psicossoc...
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Published: |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2020-04-01
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Series: | Distúrbios da Comunicação |
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author | Ana Paula Gomes da Silva Caroline Lopes Barbosa Maria Cecilia Bonini-Trenche |
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description | Os fonoaudiólogos têm, de modo crescente, integrado equipes de Centros de Atenção Psicossocial e de Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO) e serviços que integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Os paradigmas adotados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Política de Atenção Psicossocial desafiam os cursos de graduação em Fonoaudiologia a promoverem mudanças na formação profissional da área. Objetivo: conhecer as trajetórias e singularidades de fonoaudiólogos que trabalhavam em CECCO em São Paulo e a partir de seus relatos tecer reflexões que possam contribuir para a formação profissional. Método: entrevista semidirigida realizada com 8 fonoaudiólogos com experiência ou vínculo no serviço, gravada e transcrita. Foi aplicada a análise de conteúdo. Resultados: O tempo de atuação dos profissionais em CECCO variou entre 1 ano e 6 meses a 17 anos. Sobre a formação continuada, seis sujeitos referiram pós-graduação lato sensu, dois em stricto sensu, sendo que seis mencionaram a realização de educação permanente. As principais ações desenvolvidas são oficinas e práticas integrativas e complementares em saúde. Como principais mudanças em suas práticas destacaram a concepção ampliada de saúde, o trabalho interdisciplinar e o uso de conhecimentos específicos da Fonoaudiologia no desenvolvimento de atividades de promoção da saúde e sociabilidade. Enfatizaram que durante a formação profissional os estudantes devem conhecer políticas públicas de atenção psicossocial, desenvolver competência para utilizar recursos da cultura, arte e esporte para a promoção da saúde, inclusão social, socialização dos usuários e saber trabalhar em redes de saúde e intersetoriais. Conclusão: A pesquisa mostra que a formação dos fonoaudiólogos, além dos aspectos específicos da área destinados à assistência em saúde, deve englobar outras dimensões do cuidado integral, bem como experiências com o trabalho interdisciplinar e intersetorial. |
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