Autoconsciência da aparência e a adaptação no ensino superior: Estudo exploratório

Contexto: A Psicologia da Aparência tem merecido pouca atenção dos investigadores portugueses. As representações contemporâneas do corpo ideal (magro, atlético e com formas), muito avolumadas pelos meios de comunicação social e redes sociais, criam frequentemente a insatisfação com a aparência. Estu...

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Bibliographic Details
Main Authors: José Carlos da Silva Mendes, Adriana Fraga, Carla Medeiros, Daniela Moniz, Luana Miranda, Teresa Medeiros
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Instituto Superior Miguel Torga 2018-10-01
Series:Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social
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Online Access:https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/76
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Adriana Fraga
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spelling doaj.art-62a23116b6c64c64bdc8458416e5176f2022-12-21T20:02:40ZporInstituto Superior Miguel TorgaRevista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social2183-49382018-10-0142414710.31211/rpics.2018.4.2.7676Autoconsciência da aparência e a adaptação no ensino superior: Estudo exploratórioJosé Carlos da Silva Mendes0Adriana Fraga1Carla Medeiros2Daniela Moniz3Luana Miranda4Teresa Medeiros5INTELECTO - Psicologia & InvestigaçãoUniversidade dos Açores, Ponta Delgada, AçoresUniversidade dos Açores, Ponta Delgada, AçoresUniversidade dos Açores, Ponta Delgada, AçoresUniversidade dos Açores, Ponta Delgada, AçoresUniversidade dos Açores, Ponta Delgada, Açores Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Social e Humano da Faculdade de Psicologia da Universidade de CoimbraContexto: A Psicologia da Aparência tem merecido pouca atenção dos investigadores portugueses. As representações contemporâneas do corpo ideal (magro, atlético e com formas), muito avolumadas pelos meios de comunicação social e redes sociais, criam frequentemente a insatisfação com a aparência. Estudos recentes referem que os estudantes universitários se encontram insatisfeitos com a imagem corporal.  Objetivo: Avaliar possíveis relações entre as preocupações com aparência, nomeadamente a autoconsciência da aparência, e a adaptação ao Ensino Superior por parte de estudantes portugueses. Método: Exploratório e quantitativo. Participaram 206 estudantes do Ensino Superior, tendo respondido a um Questionário Sociodemográfico, à versão portuguesa reduzida da Escala de Avaliação da Aparência de Derriford (DAS-14) e ao Questionário de Adaptação ao Ensino Superior (QAES).  Resultados: Verificaram-se diferenças significativas na DAS-14 (autoconsciência da aparência) entre os sexos; correlação moderada entre a DAS-14 e a dimensão adaptação pessoal-emocional e relações fracas entre a DAS-14 e as restantes dimensões do QAES (adaptação interpessoal, adaptação à instituição, adaptação académica, compromisso com o curso e desenvolvimento de carreira). A autoconsciência da aparência apresenta-se quer como variável preditora, quer como variável de resposta na dimensão adaptação pessoal-emocional. Conclusão: Existe relação entre o sexo a autoconsciência da aparência. Os estudantes que têm menor concentração nos sentimentos negativos no corpo têm uma maior relação com as dimensões sociais, cognitivas e contextuais da adaptação ao ensino superior.As preocupações com a aparência e a adaptação pessoal-emocional influenciam-se mutuamente, isto é, a aceitação da aparência parece ser relevante para a adaptação e para o desenvolvimento da identidade dos adultos emergentes. O estudo abre futuras investigações na área da Psicologia da Aparência.https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/76Adultos emergentesAdaptação Ensino SuperiorAutoconsciência da Aparência
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