Lesão autoprovocada em crianças e adolescentes durante a pandemia da COVID-19: análise epidemiológica
INTRODUÇÃO: as consequências da pandemia da COVID-19 na incidência de lesão autoprovocada em crianças e adolescentes não são totalmente conhecidas. No entanto, essa doença e as estratégias para conter a transmissão do vírus afetaram a saúde mental dessa população. O objetivo deste estudo foi descre...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de Sao Paulo
2022-12-01
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Series: | Saúde, Ética & Justiça |
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Online Access: | https://www.revistas.usp.br/sej/article/view/210962 |
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author | Felipe Mazari Sgobbi Henrique Nicola Santo Antonio Bernardo Maria Clara Cardoso Seba Nicoly Ogeda da Silva Júlia Corrêa Gabriel Ana Laura Donaire Rapozero Luan Salguero de Aguiar Ivan Dieb Miziara Carmen Sílvia Molleis Galego Miziara |
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INTRODUÇÃO: as consequências da pandemia da COVID-19 na incidência de lesão autoprovocada em crianças e adolescentes não são totalmente conhecidas. No entanto, essa doença e as estratégias para conter a transmissão do vírus afetaram a saúde mental dessa população. O objetivo deste estudo foi descrever e comparar os dados de lesão autoprovocada em crianças e adolescentes pré e durante a pandemia da COVID-19. MÉTODOS: estudo ecológico, com dados de notificações realizadas no
Sistema de Informação de Agravos de Notificação devido à lesão autoprovocada, entre 1 de janeiro a 30 de setembro dos anos de 2018 a 2021. Os dados apresentaram distribuição paramétrica (teste Shapiro-Wilk). A comparação entre as médias foi feita por teste-t independente. Utilizado o SPSS® versão 22.2. RESULTADOS: foram analisados 88.483 casos de lesões autoprovocadas voluntariamente no período, destes, 47.785 correspondem ao período pré-pandemia (2018 e 2019) e 40.698, ao período de
pandemia (2020 e 2021). Não houve diferença estatística quanto à frequência nos períodos levantados (t(34)= 1,533; p=0,056. Houve predominância feminina (77% dos casos, p=0,007), nas faixas etárias de 15 a 19 anos (71% dos casos, p=0,021) e de pessoas de pele branca (46%) ou parda (38%) p=0,039). DISCUSSÃO: não houve diferença entre as médias de internações por lesões autoprovocadas nos períodos levantados. Ao contrário dos resultados deste estudo, a literatura mostra que houve agravo dos transtornos mentais. A hipótese para esta divergência se sustenta na baixa notificação, uma vez que os atendimentos médicos
foram focados na doença viral, e outros casos deixaram de ser identificados e notificados pelos médicos. CONCLUSÃO: devido à divergência entre os resultados encontrados e os estudos na literatura, são necessárias mais pesquisas para afirmar o verdadeiro cenário da incidência de lesão autoprovocada em crianças e adolescentes durante a pandemia da COVID-19.
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